Continua o relato da Thayssa sobre a participação no 18º Revezamento Volta à Ilha.

Deu caganeira na galera toda! O engraçado é que isso tudo me tranquilizou, isso porque percebi que todo mundo fica na pilha. Assim, tentei colocar na cabeça que o intuito era participar e isso me deixou mais calma.
Agora, quando vi a Raquel de longe...ai o coração começou a bater.
Meu primeiro trecho iniciou com 1,6km de areia fofa depois peguei um longo trajeto de asfalto. Neste pedaço tentei baixar bastante o meu tempo porque sabia que no final eu teria 3 km de subida por trilha e isso iria aumentar o tempo.
Quando cheguei na trilha estava praticamente na metade dela achando que já estava no final. Daí pensei comigo que nem era tão ruim assim, mas depois fui indo, fui indo e vi que faltava muito ainda.
Quando estava quase no topo com aquele sol na cabeça, aquele visual lindo, mas sem forças para continuar a correr passa um senhor e tenta me animar:
– vamos corredora você está aqui por que você é muito boa. Só os bons fazem esse trecho, você está muito bem, vamos... Esse cara soube animar.
Quando cheguei no inicio da descida imaginei que ia conseguir diminuir bastante meu tempo, mas não deu certo. Estava cheio de pedras soltas, fácil fácil de torcer o tornozelo. Inclusive encontrei um rapaz pedindo para eu chamar a equipe dele porque ele havia torcido o tornozelo, não estava fácil a descida.
Graças a deus cheguei no asfalto e fui até a praia brava rumo ao próximo posto para entregar a Nair.

Desse posto até o meu próximo fiquei no carro com o Márcio e a Julice, tomando muita água e me alimentando bem.
Chegando próximo ao horário estipulado para o meu próximo trecho (Praia da Armação), pegamos muita fila no caminho, comecei a ficar nervosa, achei que eu não ia conseguir chegar a tempo. Sabia que a Raquel tinha se esforçado muito no trecho anterior ao meu e é muito chato ter que ficar esperando a parceira no posto por ela não estar ali.
Mas no fim deu tudo certo. Ainda esperei uns 5 minutos a Raquel chegar. Corri 1,2 km pela praia de areia muito fofa, estava com muita dor, aquele morro do primeiro trecho foi difícil. Ainda bem que depois da areia fofa peguei bastante asfalto, tentei pegar velocidade, mas não consegui tudo que eu queria porque parecia que ia dar cãibra na panturrilha. Por sorte não deu. Depois peguei novamente um longo trecho de areia, mas nesta parte a areia era dura. O problema é que via o posto de chegada lá na frente e a sensação é que não chegava nunca, mas cheguei! E o melhor: estava livre!
Depois fomos para a Beira Mar esperar a última corredora. Todas as belas meninas estavam lá, muito legal! Entramos juntas, na estica, com o posto quase fechando, mas deu tudo certo.
Percebi que no Volta à Ilha desse ano estava mais preparada, tanto física quanto mentalmente. Gostei muito!!!
É uma prova muito boa, que depende de várias pessoas e participar significa entender melhor este espírito de pensar em equipe. Amei !!!