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Puma e Tuca

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Ironman 2010

terça-feira, 17 de abril de 2012

Long Distance Caiobá - Parte III


Por André Puhlmann

Depois um sábado meio assustador em relação à chuva e o vento, domingo amanheceu ainda com um pouco de vento, mas um céu azul, limpinho! Começo a acreditar que São Pedro é triatleta mesmo. Acordei cedinho com o barulho do vento, já fui preparando o psicológico para encarar esta fera. Tomei um café rapidinho com poucas frutas, não gosto de fazer refeições pesadas antes da prova. Segui com a Tuca caminhando pela beira mar até o local da prova.





Quando cheguei já tinha fila para entregar a bike. Música alta, pessoal animado, muita gente acompanhando. Mais de 500 atletas participaram do Long Distance Caiobá.



Arrumei minha bike e deixei tudo organizado para transição. Revisei umas três vezes todo o material para assegurar que tudo estava em ordem para uma boa transição. Memorizei o local onde estava deixando a bike e fui para a praia. Logo, encontrei os amigos de Blumenau: Gélcio e Everton.


Depois de me lambuzar de neutrox, coloquei a roupa de borracha e fui fazer um aquecimento para verificar a água.




Em seguida, fui para o funil da largada. Fiquei mais atrás, não consegui ir para frente, então no inicio da prova nadei no bolo e escapei de tomar uma pesada no queixo. Fiquei nesse rolo até a primeira bóia e tive dificuldade para encontrar a segunda bóia porque ela era de cor amarela e o sol batia bem em cima. Parei algumas vezes para encontrar esta marvada, mas estava complicado. Posso dizer que nadei na confiança daqueles que estavam na minha frente, pois resolvi seguir o fluxo e desisti de visualizar a bóia.


Passei na primeira volta com 14min (segundo a Tuca) que berrou meu tempo na hora que passei. Foi uma boa prova e finalizei com 32min e 46seg.


Na corridinha entre a natação e a bike, concentrei para pensar em tudo o que eu precisava fazer. Iniciei o pedal com um bom ritmo, senti o calor e o vento batendo. Na primeira volta deu tudo certo, apesar de sentir minha frequência alta e estar um pouco ofegante. Consegui controlar esses sintomas com concentração e suplementação. A cada 10Km fui suplementando com goles de R4, carboidrato e água. Na volta da primeira perna senti o vento aumentar e já senti que a coisa iria piorar na segunda volta, por isso dei uma segurada para não sofrer na última perna.


Infelizmente, passei por um cara que se acidentou na prova. Nessa hora já estava sendo atendido pelos médicos, aparentemente estava bem, mas acho que ele se machucou bastante. Isso me deixou um pouco preocupado e logo veio a mente aquele acidente que presenciei em Floripa na SC401 e também questionei sobre a segurança da prova. Não sei se o cara foi atropelado ou bateu em outra bike, mas a prova deixa muito a desejar no quesito segurança.

Na segunda volta consegui imprimir um bom ritmo na ida porque não tinha muito vento. Porém a volta foi um pouco mais sofrida, já estava cansado e o vento mais forte. Faltando 5 km para a transição dei uma relaxada nas pernas para prepará-las para a corrida. Meu pedal ficou em 02h e 11min.

                                        

Cheguei com bastante calor e com aquele suor todo meu relógio não respondia. Tive que limpar na camisa de um staff para o bichinho voltar a funcionar. Como sempre, iniciei num ritmo mais lento e no Km3 já forcei mais. O calor impediu de manter este ritmo, tive que diminuir para não sofrer com cãibras e quebrar na prova. Deu para fazer os 21km em 1h e 30min.



Depois de 04h e 14min encontrei minha Tukinha no portal. Até que enfim está mulher passou pelo funil da chegada comigo. Depois do beijo de premiação fui me refrescar colocando cubos de gelo por dentro da roupa. Precisava diminuir a temperatura corporal, recuperei rápido.



Fiquei feliz com o meu um minuto. É isso mesmo abaixar um minuto do tempo anterior e chegar mais inteiro que a prova de 2011 foi muito satisfatório. Também fiquei feliz pela 31º posição na classificação geral e 11º na categoria.

Aproveito para parabenizar os meus amigos que também finalizaram bem a prova: Everton, Gélcio e Daniel...valeu moçada!

Provas antetiores:

Caiobá 2011: http://andreiron.blogspot.com.br/2012/04/caioba-parte-ii.html


  

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Long Distance Caiobá – Parte II

Por André Puhlmann
A segunda vez em Caiobá já foi um pouco mais tranqüila. Já tinha passado pelo iron de 2010 e pelo 70.3 de Penha, então já estava sabendo como as coisas iriam funcionar. Desta vez não estava só eu e Marcos, o kadinho agora era o estreante de Caiobá, além do amigo Amílcar. Também tivemos o apoio da torcida mais bonita: Tuca, Pri, Mônica e Dani.


Sábado fizemos aquela história toda: pegamos o kit, assistimos ao congresso técnico e fomos mostrar para as meninas parte do percurso (de carro). O tempo estava meio esquisito com chuva e um pouco de vento. Parece que São Pedro gosta de fazer um terrorismo em véspera de prova.

À noite, no hotel jantamos juntos e ficamos conversando um pouco. O Paulinho (técnico) apareceu para fazer umas orientações. Aparentemente, estávamos tranquilos, até encarei uma tacinha de vinho antes de ir dormir.

Parece que o clima de competição começa já no café da manhã. É bom ver toda galera reunida, pessoal ansioso pela prova, família prestigiando...é massa! Fomos para o local da largada, sempre acompanhado das nossas mulheres. Antes de largar, um aquecimento rápido, muitas fotos e uma verificada em todo o material.


O dia amanheceu meio nublado, mas o mar estava bom. Larguei mais na lateral. Foi uma prova tranqüila. Não fiz muita força para guardar um pouco de energia para bike. Fiz os 1900m em 30min e 31seg.


Dei aquela corridinha até a bike. Já botei um energético pra dentro e fui encarar os 84Km.


Foi um pedal bom, sem muito vento e nenhum contratempo com a bike. Diferente do meu amigo Kadinho que por duas vezes teve que parar porque os pneus furaram. Sei que essas coisas acontecem, mas é um saco! Consegui imprimir um bom ritmo e dessa vez deu tudo certo com a alimentação, apesar da sensação de enjoo ainda estar presente. No final a típica sensação de pernas pesadas, porém a satisfação de ter feito um bom pedal deu um gás para última etapa. Finalizei a bike em 2h e 18min.


Na corrida comecei a sentir aquele sol do meio dia, iniciei num ritmo mais lento e aos poucos fui aumentando. O fato de encontrar meus parceiros durante todo o trajeto virou um fator de motivação e tornou a prova muito mais bacana. Sem falar na gritaria da mulherada, Pri sempre gritando: “vai lindooo”. No final senti o cansaço, mas com incentivo do Paulinho aumentei um pouco o ritmo e fechei com 1h 26min.


No total foram 04h e 15min de prova. Classificação geral em 42º e na categoria em 14º.


Para relaxar encarei uma piscina coberta de gelo. Parece meio sofrido, mas relaxa pra caramba! Fiquei feliz porque deu tudo certo na prova e ainda deu para melhorar o tempo de 2010.


Meus parceiros chegaram logo em seguida e todos aprovaram o Long distance de Caiobá 2011.


Este final de semana vou competir pela terceira vez em Caiobá. Espero que a prova seja muito boa e proveitosa quanto às anteriores. Semana que vem passo aqui para deixar o relato.


Veja também:


Caiobá 2012: http://andreiron.blogspot.com.br/2012/04/caioba-parte-iii.html

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Vivendo o Ironman!

 Por Tuany Maria Puhlmann

O dia ao lado de um ironman começa cedo, por volta das 04h30min, claro que não acordo junto para treinar, mas é que o bonitão coloca o relógio para despertar e acha que só ele vai escutar...isso atrapalha tanto o meu sono! O dia que sai rápido da cama tudo bem, só que como não é de ferro, às vezes mata uns treinos. E aí mora o problema, pois ele deixa o despertador na soneca, ou seja, a cada 10min até às 05:30h meu sono é interrompido. Pelo jeito sono contínuo só depois do dia 27 de maio mesmo.

Uma das inovações do André é o modo como tem me acordado nos dias em que faz o rolo pela manhã em casa (na nossa sala). Esses dias acordei com o meu celular tocando. Quem era? Deco chamando. Ainda com sono, tentei achar meu marido na cama, não o encontrei e sem entender nada atendi e para minha surpresa, numa voz ofegante e feliz, ele disse:
- Bom dia Tukinha! Hoje eu estou a toda, acorda e vem tomar café na sala aqui comigo.
Eu só fiquei pensando como uma pessoa pode ter tanta energia pela manhã.    
Bom, esse é o jeito de não perder o romantismo em época de treinamento! Confesso que achei bonitinho e mais ainda engraçado, mas não deu para tomar café na sala porque fiquei com a impressão de estar numa sauna, ele todo suado, os vidros embaçados, um som alto... muito agito para uma manhã.

Outra coisa que tem me preocupado é a alimentação do André. O guri está ficando cada dia mais magro, porém come de um jeito assustador. Já brinquei com alguns amigos, sobre a possibilidade de pedir um auxílio ao governo, algo do tipo: Bolsa Alimenta Atleta. A bolsa deveria ter além de muito carboidrato e proteína um kit extra de suplementação, tipo gel, R4, acellerade e.... Vergonha passei mesmo num Buffet aqui em Blu, ele conseguiu fazer um prato no valor de R$ 38,00. Não pensem que o restaurante tem um preço absurdo. A menina do caixa olhou duas vezes o valor antes de cobrar. O André agora também anda numa fase consumista, só pensa no tênis que vai fazer a prova, na alimentação que precisa comprar, nos acessórios da bike. Sério quanta coisa cabe nessa bicicleta?!

Meu marido tem chegado cansado dos treinos, principalmente dos longos do final de semana. Tem se esforçado para depois do almoço de domingo ficar conversando um pouquinho comigo, mas o sono vem de um jeito que o derruba. Também inovou no visual, agora está barbudo. Não aprovei, mas já sei o porquê deste estilo, é que está magro demais e sem barba fica nítido. Outra coisa que está um horror são as mãos super calejadas do tempo que passa apoiado na bike, cada vez que vem passar as mãos no meu cabelo fica tudo engalhado...é um carinho meio áspero!

Ah, esqueci de falar que a bagunça em casa anda pior que nunca. Num dos posts, o André falou que aumentou consideravelmente o volume de treinos, vou dizer o que realmente aumentou: a quantidade de roupas para lavar, o número de saches de gel na minha cozinha, os potes de suplemento viraram decoração do meu armário, tem uma fileira permanente de tênis na minha sacada. O que mais incomoda realmente são as roupas, é muita sujeira e não há amaciante ou sabão em pó no mundo que combata aquele cheiro do esforço que está impregnado nas vestimentas.

Só sei que esta vivência ensina a ser mais paciente e tolerante. Apesar das reclamações, sou fã e admiradora do esporte. Sei que esta fase do treinamento não é simples, então tento não pegar tanto no pé do André. E muito mais que bagunça na casa, a disciplina de um ironman nos ensina que com esforço/sacrifícios podemos alcançar nossos objetivos. Fico impressionada como esses atletas amadores são focados. São realmente homens de ferro porque além de trabalhar, estudar, participar da vida em família, passam horas treinando.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Long Distance Caiobá – Parte I


Por André Puhlmann.

Caiobá é especial porque lá fiz minha estréia no triathlon. Foi em 2010, serviu como um teste para o meu primeiro ironman. Fiquei um pouco ansioso por ser minha primeira competição. Durante a semana que antecedeu a prova ficava pensando em tudo o que precisava. Para não esquecer de nada, busquei informações com o pessoal mais experiente, juntei todas as dicas e no final tudo deu certo.

Nesse barco estava eu e Marquinhos, os dois marinheiros de primeira viagem. Na ida para Caiobá, conversamos sobre o nosso treinamento e a expectativa para realizar nosso primeiro ironman. Ao chegar, pegamos o kit e participamos do congresso técnico, sentimos o clima da competição, muitos atletas e conversas sobre a prova.

À noite, um jantar de massas, eu, Marcos e Daniel e o assunto sempre o mesmo: triathlon! Mais tarde, o Paulinho (nosso técnico) chegou e fizemos os últimos ajustes para a prova. Arrumamos a bike, verificamos a alimentação e ouvimos mais orientações.

Até dormimos rápido, mas ao acordar senti a presença da senhora ansiedade. Fiz todo check list: bike, alimentação, roupa de borracha com a numeração, tênis... Fomos pedalando até o local da prova, quando cheguei e vi toda galera se aprontado senti meu coração mais forte. Encontramos o Paulinho, o kadinho, o Alexandre e a Sabine, nos ajudaram a colocar a roupa de borracha e dali partimos para a largada.


Chegando à praia senti o mar tranquilo. Saí mais na lateral para evitar a pancadaria do bolo. Fiz os 1900m da natação em 31min e 13seg. Na segunda volta senti um pouco de tontura, apesar de saber que isso é comum segurei um pouco o ritmo para deixar a respiração voltar ao normal e diminuir esta sensação.



Na transição fui em direção à bike mentalizando tudo o que eu precisava fazer. Quando coloquei a bike memorizei pontos de referência para não confundir. Costumo observar árvores, outras bikes, a distância que a bike fica da entrada do funil. Deu tudo certo, peguei a bike segui todo o ritual da transição, focado para não esquecer de nada, foi uma transição mais lenta para garantir que nada prejudicasse mais adiante.



Sem muita experiência na bike, tentei fazer o meu melhor, fiz força! Senti bastante o cansaço e o peso nas pernas na segunda volta. Testei minha alimentação e confirmei que realmente tenho dificuldades com a suplementação. Por ser um alimento mais doce sempre tenho muita sede depois, isso causa um desconforto/um enjoo e fico receoso de ingerí-los novamente.


Terminei os 84Km da bike em 2h e 29min. Fiquei preocupado em relação às penalizações, tomei cuidado para ficar mais atrás e não pegar vácuo. Mas vi muita gente pegar e usar deste artifício. Próximo a transição, fiquei pensando em como tirar o capacete, as sapatilhas, no que precisava pegar na sacola para fazer a corrida. Foi uma transição normal, quando sai da bike senti mais ainda as pernas. 


Parti para os 21Km com a sensação de que tudo estava em ordem. Dificuldades senti depois do Km15, perda de energia e fadiga. Acredito que esta sensação foi por falta de suplementação, só ingeri bcaa e água, não consegui ingerir carboidratos. Fiz um bom ritmo e fechei os 21Km em 1h e 37min.


No final da prova a sensação de dever cumprido. Fiquei feliz com o meu tempo de 4h e 38min. No geral fiquei em 84º e na categoria em 26º. Bom para um primeiro long distance. Saí mais confiante no sentido de que iria terminar o iron, mas o que preocupou foi a questão da alimentação. Fiquei pensando: o iron é o dobro disto, vou ter que me alimentar, como vou suprir esta necessidade sem sentir os desconfortos da suplementação? A solução foi utilizar a suplementação nos meus treinos longos até acostumar com aquela sensação.


Por isso considero Caiobá uma prova tão importante, pois é o momento de enxergar as minhas dificuldades e tentar reverte-las até o Ironman. Não posso deixar de falar que meu parceiro, Marcos Alexandre, também completou a prova e saiu muito satisfeito com o seu resultado.

Caiobá 2011: http://andreiron.blogspot.com.br/2012/04/caioba-parte-ii.html

terça-feira, 3 de abril de 2012

Entre treinos e conversas.

Por André Puhlmann
Mesmo sentindo o bendito desconforto estomacal, isso não foi motivo para atrapalhar os treinos. Como toda e feliz segunda, pelo menos para mim, isso porque é meu dia de descanso, aproveitei para agilizar o trabalho na empresa. Tentei começar os treinos na terça, mas como a temperatura despencou, por prudência e certo receio de pegar um resfriado não sai pela manhã. Por isso esta foi uma semana que utilizei muito rolo, assisti aos meus seriados mais do que de costume.
A natação foi feita ao meio dia, a temperatura estava agradável, ainda estou nadando na piscina externa, é sol na lata com frio da água...espetacular! Fiz bons treinos com tiros e longos. No último treino de sexta senti os meus braços cansados e pesados, talvez pelo fato de ter cumprido toda a planilha da natação. Notei que estou mais resistente e veloz comparado ao último treinamento do iron de 2010 .
Também estou me sentindo bem na corrida, treinei na quarta (21 Km)e no sábado fiz tiros de 3mil após um pedal de 70Km com os parceiros Claudio e Mauro. Ainda na quarta à noite, tivemos uma janta com o pessoal do triathlon de Blumenau. Fomos a uma pizzaria e conversamos bastante, muita troca de experiência com boas risadas.


Conversa bacana e muito proveitosa eu tive com o Giovani, trocamos uma ideia sobre ansiedade, principalmente durante a prova. Uma coisa no nosso papo me chamou a atenção, o fato de que durante a prova você pode ter crises de ansiedade quando se surpreende com o seu preparo físico/ritmo. Se você não souber administrar esta ansiedade/adrenalida o prejuízo pode ser colhido no momento em que o corpo realmente cansar. É preciso reservar energia para o momento onde as dores musculares começam aparecer, as cãibras, a dificuldade de respirar ou qualquer outro fator externo que venha a atrapalhar o seu desempenho.  
Voltando a minha semana, esta foi mais uma que precisei adaptar a planilha, parece que quinta é o dia que a bruxa anda solta porque mais problemas apareceram na empresa, o que impossibilitou a realização do treino de bike, só consegui nadar ao meio dia. Na lei da compensação, joguei o treino para sexta, acabei fazendo dois turnos de bike no rolo. Um de manhã cedinho e outro à noite, antes do jantar. Ainda deu tempo de fazer uma jantinha e curtir o final da noite com a Tuca, tem que manter o romantismo em época de treinamento, caso contrário a patroa desiste de apoiar a causa.
Preciso agradecer muito o Cláudio e o Giovani pelo treino de domingo, nosso longo foi consistente e não muito forte. Fiz 165Km, cheguei bem em casa, porém ansioso pelo almoço e por um descanso vespertino, este interrompido por uma missão de encontrar um coelhinho para o Francisco (meu afilhado). A brincadeira rendeu 2h de caminhada pelo shopping. Sério, é bem melhor pedalar 160Km do que caminhar em busca do coelhinho.