Páginas

Puma e Tuca

Puma e Tuca
Ironman 2010

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Copa Sagu - Triathlon Olímpico.

Por: Puma (André Puhlmann)

Neste último domingo foi realizada em Blumenau a 11º edição da Copa Sagu. Um prova/treino de triathlon olímpico. O evento contou com a participação de 27 triatletas, familiares e amigos. Essa prova foi idealizada pelo Claudio e Waldemaro, mas cada ano que passa mais adeptos se envolvem com a Copa Sagu. O evento tem este nome porque no final da prova é servido um sagu preparado pela esposa do Waldemaro, a Marla.

Organizada pelos próprios atletas e com apoio fundamental de algumas instituições, como o SESI, que cedeu a piscina para realizar a prova de natação, a Guarda de Trânsito Municipal que nos proporcionou mais segurança tanto no trajeto da prova como nas transições que foram realizadas no Posto do Saulo. Valeu pessoal do posto que liberou o espaço...na verdade um obrigado a todos que participaram de maneira direta ou indireta desta confraternização entre amigos.   


A prova foi um sucesso. Foi a primeira vez que participei da Copa Sagu. Nossa largada teve início às 07:15h na piscina do Sesi. Como estávamos em 27 atletas a largada foi feita em 4 baterias de acordo com o tempo de cada um. Não foi fácil nadar com tantos atletas dentro de uma piscina que mede 50x25m. Demos 10 voltas e entre muitas pernas e braços tudo correu bem.





Em seguida vieram os 40Km de bike feitos na República Argentina e na R.Itajaí. O sol estava típico de Blumenau...de torrar o lombo. Este é um trajeto que conhecemos bastante, pois quase todos os finais de semana os treinos são realizados nesta região. Comecei a pedalar empolgado e foi legal ver todo mundo junto. Como era um trecho de 8Km sempre passávamos um pelo outro, pessoal incentivava com gritos: “vamos, vamos rapaziada”, o que  estimulava a pedalar  mais forte. No final da bike, quase na transição, uma surpresa chata, meus pneus (dianteiro e traseiro) furaram.


Isso fez com que antecipasse a minha corrida. Tirei as sapatilhas e fui empurrando a bike até a transição...sem noção o calor que vinha daquele asfalto! Inicie forte na corrida e tentei manter o ritmo nos 10Km. No último Km, fui desafiado pelo meu amigo Yan. O cara começou a me chamar para eu ultrapassá-lo. Confesso que estava esgoelado mas consegui aumentar o ritmo e alcancei o Yan. Uma brincadeira saudável numa prova que existe sim competição, mas que o importante mesmo é a amizade.



No final o Sagu feito pela Marla foi um grande prêmio. Muito legal ver o pessoal reunido, compartilhar este momento com outros amigos e a família realmente não tem preço. Aí está a certeza que o esporte une as pessoas e nos proporciona momentos inesquecíveis e maravilhosos.

 
Seguimos para um almoço no Clube Bela Vista com direito a premiação e tudo. Mais que confraternizar o ano que passou, novos projetos foram discutidos durante a Copa Sagu 2011. Entre muitos pontos que precisamos melhorar no Triathlon de Blumenau destaco aqui a campanha sobre a segurança dos ciclistas, através de adesivos que serão colocados nos carros e mensagens em redes sociais vamos sim procurar nossos direitos. Precisamos de segurança para treinar e respeito dos motoristas.
 
Um feliz Natal e muitos e muitos Km para todos em 2012!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Pedido de uma ironwife ao papai Noel.

Por: Tuca (Tuany Maria Puhlmann)

Querido papai Noel resolvi registrar meu pedido aqui e espero que ele seja aceito. Então aí vai ele:

Papai Noel permita que o ironman preserve um mínimo de vida social em nossas vidas. Que nestes meses que tenho pela frente até o grande dia (Ironman 2012) meu marido não fique tão alucinado com os treinos e aceite de coração aberto os convites para festas, cafés, casamentos...

Obrigada e aguardo ansiosamente que o pedido seja realizado.

Uma brincadeirinha mas com bastante fundo de verdade. Sei que o Puma se esforça para me acompanhar nos casamentos, festas...é claro que ele também gosta muito, porém temos sempre que lembrar dos treinos para o ironman.

No último final de semana fiquei meio irritada (ou talvez bastante) com estes treinos, vou explicar o porquê. No dia 12/11 no casamento da minha amiga Betina combinamos um amigo secreto entre as meninas da faculdade. 

Desde aquela data vinha avisando o cidadão que no final de dezembro iríamos a Floripa para revelar o amigo secreto. Reforcei o aviso na primeira semana de dezembro deixando-o ciente que o amigo seria revelado na noite do dia 16/12. Ainda frisei a palavra NOITE.

Para minha surpresa na segunda-feira daquela semana ele veio com a notícia de que tinha marcado um treino para sábado de manhã cedinho. Por quê de manhã? E sendo que o cedinho dele é praticamente de madrugada, às 06:00h. Ignorei totalmente a informação porque ele sabe que o churrasco com o pessoal da faculdade nunca acabou cedo e desta vez não seria diferente.

Sei que quando me reúno com as meninas (minhas lindas amigas fisioterapeutas) a gente exagera. Nosso histórico, no que diz respeito a chegar cedo em casa não é dos melhores e isso desde a época da faculdade. 

Depois de formadas mantivemos o ritual nos bares de Floripa e viramos especialista no assunto Chopp em dobro na terça-feira. Agora estamos na era dos casamentos e o show continua: casamento da Mari saímos às 08:00h da manhã, no da Bê às 05:00h com uma esticadinha na casa da Mari até às 07:00h. 


Diante desta situação, antes de chegarmos à festa o Puma fez um pedido, de maneira bem educada perguntou: Hoje não precisamos sair às 08:00 da manhã, né? Falei que não, mas isso não quis dizer que sairia às 02:00h. E foi a partir deste horário que a criatura começou com a sequência de frases: A gente já pode ir embora? Vamos? Acho que está meio tarde. Estou com sono, vamos embora? Lembra que marquei o treino? Haja paciência!

Só ficava pensando porque ele não marcou este bendito treino à tarde, já que nós tínhamos programado esta festa. Ficamos lá até às 04:00h, claro que ele ficou meio chateado.

Já eu estava com a consciência bem tranquila, não podemos colocar os treinos como o guia da nossa vida. Para tudo tem o seu momento: treinos, descanso, festa, diversão... 

Não iria deixar de aproveitar uma festa com os amigos por causa de um treino que é feito todo final de semana. Quem me conhece sabe que sou a maior incentivadora do Puma, participo de treinos, provas, leio várias matérias sobre triathlon....curto muito. Mas, não posso permitir que os treinos interfiram o tempo todo na nossa vida social. Claro que não vamos fazer festa todo final de semana, porém quando for importante para um ou para ambos temos que aproveitar.

Mesmo sem descansar como deveria o super disciplinado, André Puhlmann, foi treinar “cedinho” em Jurerê. Nadou, pedalou, correu... chegou em casa todo queimado do sol, cansado mas feliz da vida por ter treinado.

 (Foto: Sprint Assessoria Esportiva)

 (Foto: Sprint Assessoria Esportiva)

(Foto: Sprint Assessoria Esportiva - Com o amigo Marcos Alexandre)

Bom, nestas horas onde as prioridades se diferenciam o que precisamos é por em prática a velha e sábia regra de um bom relacionamento: Cada um tem que ceder um pouco. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

29ª Travessia da Lagoa da Conceição.

Por; Puma (André Puhlmann)


Esta foi a segunda vez que participei da travessia da Lagoa, a primeira foi em 2009. A prova aconteceu domingo em Florianópolis. O dia estava perfeito com um sol lindo e sem vento...ideal para os mais de 300 competidores nadarem os 2,2m.


Acordamos cedinho (Tuca, Keyla e eu)  e fomos para lagoa, a largada foi no Canto dos  Araçás, às 9h:30min. 


Antes da largada encontramos alguns atletas da sprint, uns participaram da prova e outros estavam como torcedores. 

Próximo da largada me despedi das meninas e precisei caminhar uns 200 metros para dentro da lagoa. É sério tem que caminhar um bom pedaço porque a água é muito rasa.  


Aproveitei este tempo para pensar  na prova e na estratégia que iria usar para melhorar o tempo de 2009 (34’34). Fui caminhando na companhia do Paulinho, Daniel e Rodolfo. Conversamos sobre a prova, analisando a correnteza e qual seria a melhor posição para largar. 


Chegamos na bóia de largada e a ansiedade bateu e esta é a hora que mais gosto - frio na barriga, vontade de largar e começar tudo.



Larguei na lateral do pelotão e tentei fazer a prova no mesmo ritmo, não queria começar forte e quebrar no meio, por isso inicei tranquilo na expectativa de terminar num ritmo mais forte. 

No decorrer da prova percebi que minha navegação não estava muito boa, pois fiquei fazendo zigue-zague e com isso gastei energia à toa. Até tentei melhorar, mas acho que por ultimamente ter  treinado mais em piscina tive dificuldade de respirar para frente e assim perdi um pouco na navegação.

Mesmo assim, consegui fazer uma boa prova, constante e sem surpresas. Melhorei meu tempo em 1 minuto e isso já me deixou muito feliz, pois mesmo  cansado dos treinos da semana e errando o caminho da travessia fiz um bom tempo (33’36). Com este tempo fiquei em sexto na categoria, e 54 no geral.



(com os amigos da Sprint: Rodolfo, Daniel e Paulinho)

O primeiro lugar do masculino ficou com  Fernando Prochnow  que fechou a prova em 24min21seg. Já no feminino, Aline Alarcon venceu com o tempo de  25min52seg.

Após a prova mais conversas com os amigos, um tempinho para repor as enegias com algumas frutas e em seguida uma corridinha. 

Sai do Hotel da Praia Mole, passei pelo centrinho da Lagoa, onde parei e dei um oi para o pessoal da sprint que estava tomando um cafezinho na padaria. 

Segui até a praia da Joaquina, acho que deu uns 10Km de corrida. Foi uma manhã deliciosa: natação, corrida e um banho revigorante nas águas da Joaca.

Como nem tudo é perfeito, na volta para casa pegamos um congestionamento absurdo na entrada de Gaspar.  Com uma fome monstra tivemos que apelar para um rodízio de pizza. 

Como a Rafa estava de carona conosco também encarou a comilança e olha acho que encontrei uma parceira para esta modalidade.

Embora cansado nesta segunda os treinos continuram e semana que vem tem mais. Domingo (18/12) será realizada aqui em Blumenau a Copa Sagu... Triathlon dos bons, só com as feras da cidade!!!


Relato da Travessia da Lagoa de 2012:

http://andreiron.blogspot.com.br/2012/12/30-travessia-da-lagoa-da-conceicao.html

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Aguenta coração.

Por Tuany Maria Puhlmann.

Hoje estava aqui em casa organizando umas fotos e encontrei as do ironman de 2010. Acho que por ter sido o primeiro e por enquanto o único iron do André foi uma prova que marcou demais. Por isso resolvi relatar aqui os acontecidos daquele dia tão especial.

Já vou adiantar para aqueles que não acompanharam o ironman de 2010 que tudo ocorreu dentro do planejado. Os dias que antecederam a prova foram tensos. Na sexta-feira uma chuva chata e um pouco de frio. A previsão não era nada animadora para o final de semana, foi aí que resolvemos rezar para São Pedro parar de trabalhar. Ele como sempre atendeu ao pedido, mas não compreendeu muito bem o nosso desejo, pois mandou a chuva embora e nos deixou um vento insuportável durante todo o sábado.

Fomos dormir preocupados pois com aquele tempo certamente a prova seria mais difícil. Às 05:00h o relógio despertou. É gente, mulher de ironman tem que madrugar!  

Arrumei tudo bem rapidinho para não deixar meu atleta nervoso e seguimos para Jurerê. Quando chegamos já havia muitos atletas, todos eufóricos e animados. Seguimos para fazer a marcação do número. Fiquei impressionada com a quantidade de atletas, a praia já estava cheia antes das 06:00h. Lindo foi o amanhecer daquele dia, um verdadeiro espetáculo, realmente um presente do céu.




Encontramos o outro casal ironman (Priscila e Marcos) estavam tão ansiosos quanto nós. Pri e eu nos despedimos dos nossos futuros ironmans. Ficamos juntinhas uma tentando acalmar a outra, mas era impossível não sentir a adrenalina daquele lugar. 

O momento do hino nacional é indescritível, da um aperto no peito e uma vontade de chorar sem tamanho. Após o hino aquela buzina da largada, aquele som dizia que só depois de muitas horas voltaríamos a encontrar nossos maridões. Neste momento só pensei: “Meu Deus, que você ajude e proteja estes 1600 atletas e principalmente o meu e da minha colega”.


Assim começou o ironman de 2010: uma corrida de quase 1Km nas areias da praia, duas loucas (Pri e eu) e praticamente sedentárias atrás de uma vaga privilegiada no corredor da natação. 

Conseguimos um bom lugar, mas e agora como identificar o nosso atleta no meio de outros 1600, sendo que todos usavam aquela roupa preta e a touca branca? Ficamos tontas de tanto olhar, eram muitos e todos iguais, mas deu pra dar aquele tchauzinho rápido. 

Dali mais uma corridinha para a transição da bike. Como tinha informantes na praia (toda a família) fui avisada na hora que o Puma saiu da água. Já comecei a preparar minha máquina e no estilo fã número 1 saí pedindo licença com a seguinte desculpa: Gente, deixa eu ir na frente que o meu marido está chegando e não posso perder este momento. 

Lá veio ele, sério e concentrado, subiu na bike e foi. Meu sogro e eu caprichamos tanto na torcida, mas o Puma estava tão concentrado que nem ouviu.


Resolvemos pegar o carro e ir até o túnel no centro esperar o André. Foi uma péssima ideia. Além do trânsito caótico, o Puma estava empolgadíssimo na 1º volta da bike. Resultado: estacionamos o carro, demos mais uma corridinha e quando chegamos no túnel a “criatura” já estava saindo. 

Voltamos correndo para o carro, pegamos trânsito novamente e nenhuma visão do André. Resolvemos então parar no pedágio. Ali sim é um lugar bacana, é melhor para visualizar os atletas. O Puma passou por nós e disse que estava tudo certo. Fizemos a maior festa (Keyla, Guiherme, Vieira, Irene, Giovani, Adri e Paulinho). Outra festa fez o pessoal que ficou em Jurerê quando ele completou a 1º volta e parou uns segundinhos para se alimentar (pessoal da Sprint, Eduardo, Su, Francisco, Thayssa, Carlos, Fabiano, Elisa, Rani, Vanessa...).




A segunda volta da bike foi um pouco mais demorada. Nesse meio tempo Pri e eu trocamos muitos telefonemas e batemos recorde de ligações para o treinador dos meninos, o Paulinho. 

Essa espera da bike é sofrida porque quem está de fora fica tenso, só imaginando se a pessoa está bem, se está sofrendo...raramente vem um pensamento bom nesta hora  e o pior de tudo é quando ouvimos aquele barulho da ambulância... que som terrível! Não há como sossegar enquanto você não vê o seu atleta.

Próximo às 14:00h seguimos para transição da bike para corrida. Neste momento você percebe o cansaço e o sofrimento dos atletas. Muitos desistem, outros chegam distraídos ao ponto de esquecerem de tirar as sapatilhas o que resulta em alguns escorregões. 

Os staffs (pessoal que recebe os atletas) fazem um trabalho muito bacana. Não é fácil receber 15 – 20 atletas e bikes ao mesmo tempo. O Puma chegou num desses pelotão, senti uma tranqüilidade tão grande de vê-lo porque ali tive certeza que ele completaria a prova. Isso porque o que vinha pela frente era a corrida, o esporte de origem do André. 

Gritei tanto que cheguei a ficar rouca e o danado nem deu uma olhadinha para o lado. Não demorou muito a Pri ligou dizendo que ele tinha passado todo animado por ela. Vai entender, eu fiz aquela gritaria toda, passei vergonha e não tive nenhuma recompensa e quando o gatão passa pelas minhas amigas manda até beijo. Qual é o teu problema Puma? Vamos rever isto no próximo iron...

Durante a corrida ficamos todos próximo ao special needs. O que era aquele cara que anunciava o posto de alimentação? Ele gritava desesperadamente: Special Needs, Special Needs...foi praticamente uma tortura ouvir aquilo por horas. Pensei até que essas seriam as primeiras palavras do Francisco, meu afilhado, na época com apenas 4 meses.



Cada atleta conhecido que passava fazíamos a maior festa, mas a gritaria era intensa quando as estrelas daquele ironman se aproximavam: André e Marcos. 

Nos primeiros 21Km o Eduardo (irmão do André) o acompanhou na corrida. O Puma não queria ninguém muito próximo porque tinha medo de tomar uma punição. Nos outros 21Km foi a vez dos meninos do Floripa Runners (Carlos e Fabiano). Esse apoio foi fundamental, tenho certeza que ajudou muito o Puma a completar a prova. Durante o percurso, ele recebeu palavras de incentivo de muitos amigos: Taís, Cassiano, Roberta, Fabrício e o Ricardo que o acompanhou boa parte de bike.

Nos últimos 10Km da corrida voltou aquela adrenalina do inicio do dia. Era visível o cansaço do André, ele já tinha mudado o estilo da marcha para compensar as dores. Numa de suas passagens, perguntamos se tudo estava bem e ele respondeu: sim, da cintura pra baixo é só cãibra. Que dó! Quando estávamos indo para chegada, fiquei muito feliz quando vi dois casais que amo de paixão: Rafa e Dani; Mari e Fernando. Tão bom ver os meus amigos e a família compartilhando aquele momento tão especial das nossas vidas!

A Tha e eu esperamos o André no corredor da chegada (já no funil) ficamos pulando feito 2 garças retardadas e adivinha: Ele não nos viu! Mas foi tão linda a chegada, aquela comemoração aparentemente contida, mas que denunciava o prazer da conquista e a satisfação de missão cumprida. Foram 10 horas e50 minutos de prova, todo esse tempo para ouvir:

André Puhlmann você é um ironman.


Estava tão ansiosa para falar com o André que não consegui esperar a saída da área dos atletas, pulei a grade de proteção e fui correndo abraçá-lo. 

Estava orgulhosa e aliviada que tudo tinha acabado bem. A primeira coisa que ele falou foi: “Tuca a prova é um tesão. Podes ter certeza que é o primeiro de muitos ironmans”. Então se é assim, vou preparar meu coração para as próximas e fortes emoções de 2012 e tomara que sejam no mínimo parecidas com as de 2010! 

domingo, 6 de novembro de 2011

Até a largada ainda há muito caminho...

Por; Puma (André Puhlmann)

Hoje resolvi escrever sobre a dura tarefa de ser um apaixonado pelo esporte. Não é fácil conciliar trabalho, treino e vida particular. Precisa ter muito jogo de cintura para equilibrar esses três pontos. No ironman de 2010, ouvi um colega dizer umas palavras que frequentemente voltam no meu pensamento. O cara mandou essa:

“era mais difícil estar na largada, do que chegar até o final da prova”.
Provavelmente ele estava pensando em tudo que passou para chegar até ali. E isso é bem uma verdade, pois levamos de 6 meses a 1 ano para estarmos prontos para o iron, só que nesse tempo tudo continua a mesma coisa: trabalho, compromissos sociais e família. 

Entretanto não há o que lamentar porque a escolha é nossa. Sendo assim não podemos deixar que esta loucura toda de treinamento interfira no nosso dia a dia. O pior é que ainda tem a tal da motivação. Às vezes não é fácil encontrar esta bendita, mas a vida segue e precisamos dar conta do recado.
E falando em treinamento acabei de entrar num ciclo intenso e mais específico para o Ironman 2012. Estou focado para este evento, mas é claro que vou fazer outras provas até lá. Essas servirão como uma espécie de treinamento. Devo fazer algumas travessias, triathlons e corridas rústicas.
Vou compartilhar com vocês um treino longo de corrida que fiz esta semana aqui em Blumenau. Nunca tinha feito este percurso, achei diferente e recomendo. Tem uma boa variação de terreno (asfalto, paralelepípedo e estrada de chão) e elevações muito boas. Abaixo tem a imagem do percurso...se alguém quiser fazer estou disposto a repetir o trajeto.

Infelizmente estou com algumas dificuldades neste inicio de treinamento em relação a tempo, o trabalho já consome boa parte e duas vezes por semana ainda tem aula à noite. Resultado: durmo tarde e não consigo acordar cedo para nadar. O dia que deixo a preguiça de lado e consigo nadar cedo, o treino parece render muito mais. Nestes dias, faço dois períodos de treino, natação pela manhã e outra modalidade ao meio dia ou à noite. Pelo fato dessa rotina não ser assim tão constante, a motivação vai perdendo força e o treino fica prejudicado.
O engraçado é que no inicio da semana estou super motivado,  mas conforme a semana vai passando e o volume de treino aumentando, a energia diminui na mesma proporção. Assim entram as desculpas como: “um dia de treino a menos não vai ter problema”, “hoje preciso descansar, compenso outro dia este perdido”, e tantas outras. 

No fundo a gente sabe que é errado. É preciso seguir uma programação, cada dia é fundamental para que no final tudo saia certo. Vale lembrar que descansar é muito importante, inclusive faz parte do treino. Só que temos um dia programado para isso e não adianta repor o dia perdido em outro. Dia perdido foi dia perdido, sobrecarregar o outro só vai trazer mais complicações.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Correria neste último mês.

Por: Tuca (Tuany Maria Puhlmann)

Depois do 70.3 de Penha nossa vida anda super corrida. Quase todos os finais de semana estamos na estrada, Floripa, Tubarão, Itapema...um dia para visitar os pais, outro para o Puma treinar, provas de concurso e casamento de amigos. 

Falando em casamento, não posso deixar de mencionar o dos nossos afilhados, Mariana e Fernando, que aconteceu no dia 24 de Setembro. Festa maravilhosa! Fazia muito tempo que o Puma e eu não chegávamos em casa às 07:30h da manhã.

 
Quanto aos treinos o Puma continua com força total e eu vou no mesmo ritmo com os estudos. Às vezes parecemos um casal bem maluco. Alguns dias da semana (antes de ir trabalhar) e até mesmo nos finais de semana acordamos cedo, tomamos um café rapidinho e cada um segue o seu caminho: O Puma vai para o rolo, sai para correr ou pedalar na rua mesmo e eu permaneço horas sentada na minha mesinha estudando.

Por causa destes meus estudos acabei deixando a atividade física um pouco de lado, mas não agüentei por muito tempo. Faz mais ou menos um mês que decidi voltar a fazer exercícios, e a solução foi utilizar o rolo estacionário. 

Sabe aquele que nossos irons usam para treinar em casa? Então, virou a mais nova decoração da minha sala.  E de lá ninguém o tira!

O rolo facilitou demais o meu tempo para fazer exercício físico. Agora, assisto minha novelinha pedalando...é uma delícia! Recomendo para todos que queiram fazer uma atividade agradável sem ter que sair de casa.

Confesso que quando o Puma chegou em casa com o rolo não aceitei tão bem. Logo já imaginei a bagunça, uma bike estacionada no meio da casa, várias toalhas pelo chão, garrafinhas de água, suplementos pelo sofá e suor por toda parte...ui que horror! 

Mas com jeitinho eles (o Puma e o rolo) me convenceram. Claro que após utilizar o equipamento tudo tem que estar no lugar novamente. A bike pode ficar na sala, já gosto de vê-la ali paradinha me esperando. Quem diria?!

O importante é que estou mais feliz por conciliar estudos com exercício físico. Uma atividade moderada já traz benefícios para saúde e com certeza ajuda a diminuir as tensões do dia a dia.

Resumindo, o maridão está mais feliz pois finalmente aceitei o rolo na nossa sala e com a pratica da pedalada fiquei menos estressada com meus estudos. 

Viva o rolo!



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

70.3 = Emoção, dor, satisfação....

Por André Puhlmann

Vai ser bem difícil relatar esta prova, pois envolve muitas emoções. Desde a frustração até a alegria de ter conseguido completá-la. Foi uma prova bem particular, nunca passei por tantas variáveis, mas mesmo assim vou explicar tudo aquilo que aconteceu, assim vocês podem tentar evitar algumas surpresas desagradáveis que tive no caminho.

A expectativa antes da competição era grande. Bem que tentei disfarçar a ansiedade, porém não conseguia esconder. Minha esposa dias antes da prova questionava se tudo estava certo, eu respondia com frases simples: “tudo sob controle; tudo dentro do esperado”. Felizmente consegui controlar esta ansiedade e fazer dela um ponto positivo, uma motivação.

Chegando a penha fui pegar o kit e levar a bike para transição, estava animado e feliz. Meus amigos que iriam fazer a prova também já estavam no local e compartilhávamos o mesmo sentimento. O Vieira e eu fomos deixar as bikes na transição e conosco estavam o Gélcio e o Gerson....não é dupla sertaneja, mas sim a nova dupla que irá estrear o 70.3 de 2012. Deixamos a bike e seguimos em direção à praia para sentir o mar que iríamos pegar. Gostei do que vi, apesar do vento forte e ondulação grande, aquela região ainda estava com o mar calmo, o que nos tranqüilizou bastante.

Por volta das 19:30h assisti ao simpósio e em seguida fui para casa relaxar. Estava cansado e com sono, o que me fez dormir super rápido. Pela manhã comi alguma coisa e comecei a acordar o pessoal, apurei o povo porque precisava fazer os últimos preparativos na bike e  a pintura do número.

Arrumei a bike, verifiquei as sacolas da transição e coloquei a suplementação. Fiz tudo isso ouvindo música ao mesmo tempo em que planejava minha transição. Depois de conferir tudo, dei o último beijo na Tuca e ouvi os últimos incentivos que ela tinha a dizer: “faz o teu melhor, que eu estarei te esperando”. Indo para a largada encontrei o resto da família, berrando meu nome para ir ao encontro deles para ouvir as recomendações. Estavam todos felizes e emocionados. Quem não iria ficar emocionado nesta hora, quase 900 atletas ali alinhados para conquistar um sonho?

  
Segui para a largada com todos os meus amigos, batemos fotos e descontraímos um pouco para tirar a tensão da prova. Nesse momento de alegria percebi que havia uma pessoa separada e bem concentrada, era meu amigo Vieira. Tentei não atrapalhar a concentração dele, pois sei a dificuldade que ele teria pela frente. Não sei se a emoção do Vieirão era de preocupação ou por ter conseguido chegar até aquele lugar. Mas só posso dizer que o cara estava muito emocionado.

 
No inicio da natação foi complicado, comecei com um bolo de gente e parecia que estava numa guerra, era braço para um lado, pé para outro, passei por cima de um atleta e tomei muitos tapas. Resolvi dar uma olhada e percebi que um pouco para o lado tinha um vão, segui nesta direção e nadei mais tranqüilo. Na volta para a praia comecei a pensar na minha transição, no que eu iria fazer, isso tudo para não perder tempo.
Ao sair da água já ouvi o meu nome e percebi que estava bem, não consegui ver todos que ali estavam, pois sai totalmente concentrado. Como não uso relógio na natação, estava às escuras com relação ao tempo, só fiquei sabendo depois. Fiz 28 minutos de natação e uma transição bem tranqüila de 3 minutos. Ao chegar na bike ouvi a Tuca: “cuidado que o chão esta muito liso” e “vai deco, vai que você esta muito bem”. Com estava frase sai para pedalar e desde o inicio tentei imprimir um ritmo bom.

  
A prova do ciclismo estava ótima sem vento e a temperatura agradável. No km 10 senti que o dia iria ser bom, estava forte e com muita vontade de fazer força. Percebi que estava em um grupo de 6 atletas e todos andavam no mesmo ritmo, mesmo assim tentei abrir do grupo, aumentei o ritmo, mas o pessoal não deixava ia lá e me engolia (literalmente). Na ida para a segunda perna o pelotão já estava grande e tentei mais 3 vezes escapar do grupo, entretanto todas as tentativas foram em vão.  Decidi ficar na minha e seguir com eles. Na metade da segunda perna encontrei a galera, vocês não fazem idéia da festa que este povo faz, meu pai mesmo é um show a parte. As palavras do Guilhermão eram: “este é meu filho, vai filho, você esta muito bem”, a intensidade dos gritos junto com a emoção era tanto que até o locutor da prova comentou - “Vai André porque seu pai grita o seu nome”. Confesso que na hora achei engraçado.


Para completar o time de torcedores estavam presentes minha Irmã (Thayssa), o Rafael (meu cunhado), a Irmã do Rafa (Carol) e a Tuca. Eles corriam para um lado e outro no canteiro central para bater fotos e incentivar. Acredito que as pessoas que acompanham os atletas no final da prova estão mais cansadas que os próprios atletas. Sem contar a tensão de saber se tudo está bem. Na volta da segunda perna do ciclismo, encontrei o meu técnico Paulinho. Ele falou que tudo estava indo bem e pediu para tomar cuidado. Senti que estava muito bem, físico e mentalmente, consegui controlar e manter o ritmo, que naquele momento estava muito forte.

Na metade da 3º volta passei novamente pelo pessoal, ouvi mais uma vez o meu nome e vi no rosto da Tuca uma alegria e a tranqüilidade de eu estar quase terminando a prova. Na transição da bike para a corrida, posso dizer que foi meu momento de satisfação. Isso porque vi no velocímetro que tinha feito a prova em 02:20h com uma velocidade média de 38.6 km/h. Saí para correr confiante e animado. Porém esta sensação não durou muitos quilômetros. Como havia dito anteriormente esta prova foi da satisfação de fazer uma natação e uma bike com nunca tinha feito até a frustração de fazer uma corrida sofrida e não muito boa.


Iniciei a corrida bem a 4’15 por km, mas minha surpresa veio no km 4,5 quando comecei a sentir um desconforto respiratório. Na semana que antecedeu a prova peguei uma amidalite e precisei tomar antibióticos. Segundo o técnico o meu erro foi não ter usado um broncodilatador, pois essa sensação de falta de ar foi conseqüência do antibiótico. Diante deste quadro precisei mudar o jeito de respirar. Comecei a respirar com a musculatura acessória (escalenos, peitoral, trapézio...), isso travou de um jeito meu corpo que no km 7 não consegui mais levantar o braço e estava começando a sentir cãibras nos ísquiostibiais e cada vez mais dificuldade para respirar.
No retorno para a 2º volta mais um contato com o povo, tentei mostrar que estava bem para não preocupá-los, mas a Tuca percebeu que algo não estava certo. Ela veio correndo ao meu lado e perguntou se estava tudo bem, gostaria muito de dizer que sim, mas respondi: mais ou menos. A dor estava forte e eu só estava tentando descobrir a forma de como terminar a prova. Meu irmão, Eduardo, me acompanhou de bike, para dar força, mas infelizmente não reagi. Mesmo assim, valeu Du pela ajuda. Nos últimos km o Paulinho ficou do meu lado, tentando ajudar.  Esse apoio veio na hora certa, confesso que este contratempo mexeu comigo, pois correr naquele ritmo 5 por km, depois de treinar tanto realmente abala qualquer estrutura.
No fim deu tudo certo, consegui terminar a prova. Fiz o meu melhor tempo do 70.3, 4horas 36 minutos, sei que é um excelente tempo, mas ficou faltando uma boa corrida, meus 21Km sofridos fecharam em 01:42h.


Na linha de chegada todos me esperavam.  Foi difícil cumprimentá-los pois parecia que estava com uma crise de asma. A Tuca me levou direto para o centro médico, onde fui examinado e acolhido pelos amigos Kadinho e Dani. A explicação para este quadro é que como fiz muito esforço para respirar, compensei com outras musculaturas que ficaram contraturadas e estas estavam impedindo o fluxo sanguíneo para o meu braço direito. Mais tarde o Paulinho nos encontrou e começou a mobilizar/relaxar minha escápula para tentar aliviar a dor no ombro já que não conseguia levantá-lo, sem contar meu braço que estava todo gelado e a mão roxa. Com as mobilizações aos poucos fui melhorando. Valeu Paulinho!


Posso dizer que apesar de ter sofrido um pouco com as dores, tive um grande ensinamento. Para as próximas competições devo tomar mais cuidado com a minha saúde, já que com treinos fortes é certo que a imunidade abaixa mesmo.
   Quero agradecer a minha família e meus amigos por estarem presente neste momento tão importante da minha vida.

Rapazeada valeu mesmo!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Com que roupa eu vou?

Por: Tuca (Tuany Maria Puhlmann)

Como estamos próximos de uma nova competição, o 70.3 de Penha, resolvi escrever sobre um assunto que certamente interessa bem mais às mulheres que aos homens. 

Já não é tarefa das mais fáceis achar um homem que saiba se vestir bem no dia a dia sem uma assessoria da mãe, mulher ou namorada. Como eles têm aquela mente objetiva e super prática colocam o que acham no armário e seja o que Deus quiser. 

A palavra que define um homem não pode ser outra senão praticidade e isso quando se trata de um atleta eleve à potência dez, porque eles estão sempre com pressa e não tem tempo a perder.

Fora o fator “qualquer coisa serve” outro complicador são as roupas disponíveis no mercado. São infinitas cores e modelos e é aí que mora o perigo. Na correria de sempre e com tanta variedade no armário, só rezando. Para eles nenhum problema, até porque tudo combina. Isso é claro, só na cabeça deles. 

O problema é que como na maior parte do tempo eles saem para treinar cedíssimo e a gente não repara na roupa porque estamos dormindo, não são raras às vezes em que tomamos um susto quando eles voltam pra casa. 

Bom, vou falar do meu caso. Meu marido às vezes tem problemas na escolha da roupa de treino. Na verdade nem fico tão incomodada com as cores mas sim com os modelitos. Tem uma coisa que eu detesto. Sim, eu me irrito quando vejo o Puma vestido com aquilo. 

Meninas sabem essas blusas coladas, que vem até a altura do ossinho do quadril? Aquela miniblusa por si só já é horrível. Junto com a bermuda do ciclismo até que vai, mas pra corrida.......aí não! “Aquilo” com o shortinho de corrida sinceramente parece roupa de menina. O problema é que tem como piorar, pois a tal da blusinha combinada com um tipo de shortinho que faz um recorte que deixa a lateral das coxas bem a mostra...é de matar! Por sinal esse modelinho de short é muitas vezes indecente.

Além dessa blusinha colada tem umas criaturas que usam top. Quero deixar registrada minha indignação sobre esta peça, porque essa se um dia entrar lá em casa, o bicho vai pegar. 

Meninos, prestem atenção: TOP FOI FEITO PARA MENINAS. MENINAS USAM TOP, MENINOS NÃO! Vou tentar explicar porque o top para meninos é tão feio. Primeiramente, não tem nada de másculo num top, segundo o corpo fica estranho, dá a impressão que a pessoa está dividida e por último quando o atleta abre o zíper, e ai vamos considerar o contexto: suor + cara de cansado (acabado) + top...Gente, parece que o cara foi violentado em algum Km. 

É sério, ouvi uma moça no ironman deste ano comentando com a colega: Será que tem um tarado atacando os ironmans ao longo do percurso? Confesso que eu estava pensando a mesma coisa que ela.

Outro modelo que requer muito cuidado é a tal da roupa branca. Se for usar branco tem que ser de qualidade máxima, caso contrário você corre o risco de deixar suas partes íntimas a mostra. No início da prova tudo perfeito, mas no final...a roupa branca fica no tom marrom principalmente na região do bumbum (sugestivo, né?). Então só use bermuda branca se esta for confiável.

Meninos, não fiquem chateados caso tenham algum desses modelitos no armário ou estejam pensando em adquirir um. Claro que não levei em consideração o conforto ou a funcionalidade da roupa. Só analisei mesmo a parte estética que é o que chama a atenção de nós mulheres. 

Agora, se vocês conseguirem agregar conforto + beleza, será um sucesso. Portanto, atleta, nesse item vestuário, ouça mais a opinião da sua mãe, filha, mulher ou namorada porque ela te ama, ela melhor do que ninguém sabe o que fica bem em você e é claro que ela vai querer que você seja o mais lindo da prova sempre.

Uma boa prova para todos que irão participar do 70.3 de Penha!

Obs: Texto com colaboração mais que especial da mana (keyla Maria).

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sensações da meia

Por: André Puhlmann


Realmente estava um pouco preocupado como seria a meia maratona do Bela Vista porque precisava ter um teste para o 70.3 de Penha. Já que venho treinando bem, a meia do bela seria um ótimo teste,  a verdadeira prova real.


Não acordei muito bem, apesar de ter dormido como uma pedra. A Tuca fica impressionada como consigo dormir antes das provas, ela sempre fala que isso não é normal. Entretanto acho bem normal, sempre durmo bem. Nunca tive problemas neste ponto, apesar de ser um pouco ansioso.  Mesmo não sentindo toda alegria por ter levantado às 06:20h e olhar aquele tempo chuvoso, precisava descobrir alguma coisa para motivar o dia. Então comecei a rotina, ou melhor, o ritual de preparação para todas as provas. O qual inclui um café da manhã, várias visitas ao banheiro e revisão do que vou levar para a prova. Este ritual precisa ser bem seguido, pois o resultado da prova está diretamente ligado ao cumprimento metódico dele.


Durante o aquecimento para a prova fiquei pensando como iria realizá-la, qual seria o tempo a ser seguido e como chegaria a fazer este tempo. Mas para conseguir fazer isso tudo precisava achar a tal da motivação. Comecei a pensar em muitas coisas, na minha família e principalmente na Tuca. Gente, acordar esta mulher no domingo de manhã (cedo) e chuvoso não e fácil. Quem a conhece sabe que a “neguinha” gosta de um sono! Mesmo assim ela acordou bem e muito mais animada que eu. Isso já deu um up! Também fiquei pensando em toda esta preparação para o 70.3, no modo como estou seguindo á risca todos os treinos. Isto porque confio bastante no trabalho realizado pelo amigo e técnico Paulinho.


Fui para a largada mais confiante e com a programação toda na cabeça. Apesar disso, ainda estava um pouco disperso, até mesmo a Tuca percebeu. Comecei a corrida e já nos primeiros km avistei os primeiros membros da família buscapé: Thayssa e Rafael. Os dois estavam berrando no acostamento. Depois vi o Eduardo de bike e a Preta em frente à empresa e quase no SESI passei pelo pai e sua super filmadora (esta câmera sempre está nas mãos dele, ainda bem, pois sempre rimos um monte depois vendo os vídeos) e a mãe na maior torcida: Vai vai, é isso ai..... Como é bom ter a força da família do nosso lado! Neste momento percebi que não poderia desapontar a galera e precisava fazer uma ótima prova. Então, mentalizei o ritmo, abaixei a cabeça e fui fazer minha prova. Agora muito mais confiante e motivado.


Passei por todos novamente e percebi que estavam mais animados que antes. Infelizmente durante a prova não consigo retribuir esta empolgação. Apenas passo e levando a mão. Mesmo não sendo “aquela” demonstração de carinho, saibam que me sinto muito feliz por vocês estarem ali e que este apoio é de fundamental importância.


A prova foi desenrolando, os km foram surgindo e a cada passo estava mais confiante, conseguindo manter o ritmo forte sem muitos problemas. No km 15 avistei meu irmão Eduardo de bike, ele ficou ao meu lado dando força. Foi nesta hora que percebi que estava muito bem e que iria terminar a prova em um tempo excelente. Descobri isso por um comentário feito pelo Du. Ele perguntou se eu estava travado, respondi que estava bem, mas um pouco cansado e ele disse que não parecia, que minha marcha estava muito boa e leve. Isso me fez muito bem. Valeu mano......


A chegada foi incrível! Comecei a ouvir a voz do meu grande amigo e parceiro Viera, na ocasião o locutor da prova, dizendo que eu estava chegando. O cara estava muito animado e empolgado com o meu tempo. Fui me aproximando e logo avistei um grupo de pessoas pulando, fazendo a festa. Logo pensei, só pode ser o grupo de loucos que conheço bem, claro que é a Família Puhlmann.


Valeu mesmo pessoal! Sou o cara mais feliz do mundo, não por fazer meu melhor tempo, mas por ter uma família assim, tão unida e feliz.


Amo muito vocês.

Preciso agradecer muito a Tuca.  Sem ela não estaria fazendo um terço do que eu faço hoje. Ela é a minha maior incentivadora, critica e principalmente minha inspiração. Te amo muito!

Veja também o relato da Tuca sobre a 27º Meia Maratona do Bela Vista:

Sobre a 29º Meia Maratona do Bela Vista (2013), acesse aqui:

domingo, 31 de julho de 2011

27ª MEIA MARATONA DO BELA VISTA

Por: Tuany Maria Puhlmann (Tuca)

Apesar de muita chuva, hoje foi um dia especial.
Levantamos cedinho, verificamos o tempo e vimos que desta vez São Pedro não quis colaborar. Seguimos para o clube e logo começamos a encontrar os amigos.
O pessoal que iria competir estava animado e a maioria já se aquecia. Tinha corredor de todas as idades possíveis, pois o clube oferece além da meia maratona (21,1km), a corrida de inverno (6Km), a maratoninha (1Km) e a caminhada (5Km). Havia muitas famílias torcendo e amigos incentivando, é isso que faz o clima nessas corridas ser tão agradável.
A largada foi às 08:30h. Os atletas seguiram em direção a Blumenau, fizeram um trecho de 6Km, passaram em frente ao clube novamente e seguiram na direção de Gaspar. O Deco passou em frente ao clube com uns 18 minutos de prova, ao avistar meu maridão fiz aquela torcida e algumas fotinhos. Aparentemente estava tudo certo, mas ainda tinham 15Km pela frente.
Enquanto esperava pelo meu atleta, coloquei o papo em dia com o casal Floripa Runners, Fabiano e Elisa. Mais tarde encontrei toda família Puhlmann, animados com a notícia que o André estava indo muito bem na prova. A informação veio através do meu cunhado Eduardo, o qual acompanhou boa parte da prova de bicicleta.
O melhor tempo do André na meia maratona do Bela Vista tinha sido em 2009, com 1hora e 24 minutos. Então, quando vi o relógio marcar 01:15h já fiquei mais alerta. Não demorou muito para avistar que o “bichinho” vinha num pique de tirar o fôlego e neste ritmo fechou a prova com 01:20h.
Já vi tantas vezes o André chegar, mas sempre me emociono. Fico feliz demais quando vejo mais uma conquista e principalmente esta que ele conseguiu superar a marca de 2009. Aliás, não sou a única a ter orgulho do André, vocês precisavam ver o locutor – Vieira – fez a maior festa quando viu o Puma chegar. Foi muito bacana!
Depois da prova ficamos conversando com os amigos e esperando pela premiação. Como a corrida é realizada pelo Clube, eles premiam os 10 melhores atletas do clube. E com o tempo de 01:20h, o André conseguiu o primeiro lugar entre o sócios. Isso quer dizer que hoje foi um dia com direito ao lugar mais alto no pódio, medalha, troféu, muitos aplausos...na verdade uma recompensa diante de tantos treinos que ele tem feito.
Agora é treinar mais um pouco porque em agosto tem mais um Meio Ironman em Penha.
Parabéns a todos os participantes!!!

O relato do Puma segue neste post:

Sobre a 29º Meia Maratona (2013), você confere aqui: