Por: Puma (André Puhlmann)
A prova foi
realizada na cidade de Jaraguá, no Parque da Malwee e contou com a participação
de 180 atletas.
Dia lindo e
lugar perfeito! Ser recepcionado com tanta beleza natural e com a presença do
sol fez a prova ser muito especial.
Ficamos
encantados com a beleza do Parque e foi neste cenário que rolou o triathlon na
distância olímpica.
A prova teve
inicio às 14:30h.
Nadamos no lago
do Parque, 2voltas de 750m. Apesar do sol e da temperatura da água estar
bem agradável a roupa de borracha foi liberada. A água do lago é bem pesada,
mas achei que isso não atrapalhou.
Sai no bolo e como
sempre rolou aquele atropelo. Como estava difícil se posicionar nesse bolo,
resolvi parar e achar um cantinho mais sossegado. Nessa hora tomei a metade da
água do lago.
Mesmo com sol
deu para ver bem as boias e como tinha bastante gente foi fácil se orientar. Esse
atropelo inicial me deixou mais ofegante mas logo que sai da muvuca consegui
encaixar a a natação. Sai da agua bem, com 23 minutos.
A transição foi longa
de aproximadamente uns 350m e com direito a subidinha. Não tive problemas neste
momento, mas foi um pouco demorada. Sempre utilizo esse tempo (da transição) para
tentar recuperar a frequência cardíaca e acalmar um pouco as energias para a
próxima etapa. Peguei a bike e segui para avenida onde fizemos o pedal.
40Km de bike
feitos em 7 voltas. Antes de sair do parque o primeiro problema: na descida do
parque que tem piso de lajota perdi a caramanhola e minha única garrafinha de
água. Já percebi que o pedal iria ser tenso com aquele sol sem água e sem posto
de hidratação, eu iria sofrer.
Na segunda volta
a sede bateu, tão forte que os lábios estavam colados. Passei por um pessoal
que estava torcendo para a Sprint e reconheci uma moça que treinou comigo um
dia aqui em Blumenau. Ao avistá-la berrei: tem água? Que tristeza, a resposta
foi negativa. Só que a santa Heloísa na minha próxima volta estava me esperando
com uma garrafinha e melhor ainda gelada. Que benção! Heloísa, muito obrigado,
você é um anjo e salvou o meu pedal.
Pedal difícil com
muito vento e para piorar a estrada estava cheia de buracos, o que acabou com a
prova de alguns atletas que tiveram os pneus furados. Tive o privilégio de
pedalar quase todo o percurso ao lado do meu parceiro de treino: o Sr. Robson
Pasquali. Cara, o bicho estava forte pra caramba, muito bom ver o desempenho do
garoto, evoluiu muito. Só que agora Robson, quem puxará o pelotão nos treinos
será você...kkk.
Na T2 (transição
02) para entregar a bike um morrinho marvado pra subir, e como já estava sem
sapatilhas o esforço foi um pouco maior. Depois de largar a bike, uma outra
subida marcava o inicio da corrida.
Corrida difícil
com muitas subidas. Tivemos que repetir o trajeto 3 vezes para fechar os 10Km.
Já comecei a correr com dor, na verdade já estava sentindo no pedal. Sensação
de aperto na boca do estômago e isso atrapalhou demais a respiração bem como o
desgaste físico.
Quando vi a Tuca no trajeto da corrida já fui logo avisando:
tá difícil, tô com muita dor! Depois que acabou a corrida eu dei muita risada
com ela, porque ela achou tão estranho eu reclamar que entendeu o seguinte: “tá
difícil, tô com muito calor”

Consegui no
inicio manter um ritmo de 4:15, mas não deu para segurar porque com o aumento da
dor tive que passar para 4:20/4:30 e foi assim até o final, administrando a dor e o ritmo. Fechei a prova com 02h13min.
Foi uma prova
tecnicamente muito forte. É uma prova bem cascuda! Gosto de competições assim
desafiadora porque para você conseguir fazer deste tipo de prova uma prova boa
é necessário ir bem próximo ao seu limite.
O que levo desta
prova é que preciso treinar mais, muito mais, porque percebo que para enfrentar
estas situações (vento, subidas, dor, problemas mecânicos...) é preciso treinar
muito físico e mentalmente.
(Galera representando a Abtri: Eu, Robson e Alexandre)
(No final da prova com o grande amigo Kadinho)
Quanto ao
resultado a “organização” inicialmente me informou que eu teria ficado em 6º
lugar na categoria. Sendo assim, resolvi ir tomar o cafezinho na casa dos
amigos: Naiara e Marcelo. Só que para minha surpresa, no meio do nosso café
comecei a receber vários telefonemas que a “organização” tinha se equivocado e
o resultado foi o 5º lugar na categoria 30-34 anos. Que pena!!! Pois essa prova
merecia mesmo uma recompensa.