Por: Puma
Sai
para correr com um lema: “uma perna de cada vez”. Então, fui tranquilo,
tentando não fazer força, pois qualquer erro poderia prejudicar toda prova.
Imagina iniciar a corrida com a sensação de cãibra, isso certamente iria me
acompanhar durante toda a prova e assim eu não arriscaria fazer mais força.
Por
este motivo imprimi um ritmo mais lento no começo para tentar recuperar o pedal
forte. Sei que é difícil se recuperar, você já sai da bike todo travado e na
corrida encontra outras dores. Ao sair para correr comecei a sentir uma dor
forte na lombar e precisei tomar um remédio. Não sei dizer se foi o remédio ou a
empolgação, mas a dor passou...Graças a Deus!
Esse
começo da corrida é realmente um teste porque enfrentar as subidas de Canasvieiras,
não é fácil! Segundo o Mauro (um outro amigo de treino e competidor), este ano as
subidas estavam mais longas, e esta também foi a minha sensação. Coloquei como
meta subir andando, fiz isso em todas as subidas daquela região. Passavam
colegas de prova e torcedores dizendo: “não desista, volte a correr” e eu ali,
subindo tranquilo tentando ao máximo economizar energia. Como assim economizar
energia? Que energia se já estava com 6/7 horas de prova? Sei lá de onde vem,
mas a gente tira essa coisa de algum lugar. Foi ótimo ter feito isso, pois
depois de passar por este trecho complicado consegui aumentar o ritmo e ficar
confiante para a segunda meia maratona.
Até o
Km 27 tudo estava sob controle, a partir daí comecei a sentir uma dor estranha
na panturrilha esquerda, como se uma faca estivesse espetada na perna, junto
com cãimbras na coxa esquerda. Esta última até consegui controlar, mas sensação
de panturrilha esfaqueada seguiu até o final, foi difícil. Tive que ir assim
mesmo, meio correndo e meio mancando, todo travado.
Preciso
agradecer muito ao Cadinho e ao Marquinhos, dois grandes amigos Irons. Estavam
de bike acompanhando a prova e ajudando a mim e outros amigos competidores.
Perguntavam como eu estava e se precisava de alguma coisa. Não sou de pedir
ajuda, mas o fato dos dois estarem ali, já foi uma ajuda e tanto.
Lá
pelo km 35 quando eu estava finalizando, com muito dor e o psicológico lá em
baixo o Marquinhos falou algo fundamental e que realmente tocou:
“Vai
lá Puma, tua família esta te esperando, a Tuca já esta na chegada, vai que a
prova é tua e eu vou te esperar para correr o final com você”.
Cara
isso foi incrível! Deu um gás e comecei a esquecer as dores e segui com um
único pensamento: quero abraçar a galera logo. Foi onde corri não mais para
chegar, mas para beijar a Tuca, ver meu pai gritar: é meu filho e sentir o carinho
de toda a minha família e amigos.
Valeu
pessoal. Quero agradecer o carinho de todos que compartilharam este momento
inesquecível comigo. Espero contar com a presença de vocês no próximo, talvez
em 2014. Até lá muitos treinos e outras competições...
Parceria pra toda a vida amigo!!! És meu ídalo!!!!
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