Por: Puma
Para finalizar os relatos sobre o
Ironman (atrasado pra caramba) ai vai a parte da corrida:
Ao chegar do pedal forte e com
alguns contratempos durante esta etapa, precisei mudar um pouco minha
estratégia, cheguei para fazer a T2 muito focado e ao mesmo tempo com coragem
para fazer muita força na corrida. Mas, primeiro precisava ter paciência em não
errar novamente durante a transição.
Como sempre ao colocar o pé no
chão depois de pedalar 180 km é muito difícil, senti minha lombar travada, meu
pé dormente, minhas pernas duras e principalmente não conseguia correr direito.
Aquilo que sempre falam que parecemos um “Pato” quando saímos do pedal é mesmo verdade.
A corrida deste ano ficou um
pouco diferente, tinha que enfrentar as subidas já no começo, o que para mim
não foi favorável. Em 2012, senti dores lombares nos primeiros 8 km e depois
melhorou. Neste ano foi um pouco diferente, senti dor e travamento da lombar
por 17 km. Nas subidas tentei dar uma relaxada e alongar, mas foi tudo em vão.
Logo depois de subir, as dores pioraram e ai comecei a não sentir mais o pé
esquerdo no chão, sabia que o pé estava ali grudado na perna porque escutava o
tênis molhado batendo no chão. Tentei de tudo, contrair mais o abdômen, fazer
movimentos do quadril, mudar a marcha e por final conversar com o meu corpo.
Como na bike, precisei negociar
um pouco as coisas, antes com a bike, agora com o corpo. Fui dizendo: “Vamos
meu querido, treinamos tanto para chegar até aqui e não me deixe na mão agora”.
Então foquei mais que o normal, precisei tentar gastar menos energia possível porque
além da dor, não estava conseguindo comer nada.
Minha sorte foi que consegui
colocar algumas calorias durante a transição e nos primeiros km. Aguentei um
bom ritmo até o km 26, depois disso foi no peito e na raça. Como dizia um
técnico de futebol quando eu era garoto, coloca o coração no pé e não pensa,
faz.
Nesta hora é difícil encontrar
motivação, energia e principalmente encontrar força para dar o próximo passo.
Mesmo assim, temos que continuar, como conseguimos? Não sei, mas sempre achamos
um jeito de encontrar energia.
Procuro fazer uma contagem regressiva dos km para dar uma motivada. Quando abri a última volta, passei pela família e amigos, eu estava entregue, fraco, sem energia e muito cansado. Quase parei ali, sentei com a galera e fiquei torcendo pelos amigos. Ai pensei e conversei com o meu corpo novamente, quantos 10 km você já fez? Quantos vezes já tinha ficado assim antes? Desistir agora, não dava. Então diminui o ritmo e fui seguindo o fluxo da galera. Deixando minhas pernas me guiar, sem pensar, tentando gastar pouca energia e fazendo a contagem regressiva.
Procuro fazer uma contagem regressiva dos km para dar uma motivada. Quando abri a última volta, passei pela família e amigos, eu estava entregue, fraco, sem energia e muito cansado. Quase parei ali, sentei com a galera e fiquei torcendo pelos amigos. Ai pensei e conversei com o meu corpo novamente, quantos 10 km você já fez? Quantos vezes já tinha ficado assim antes? Desistir agora, não dava. Então diminui o ritmo e fui seguindo o fluxo da galera. Deixando minhas pernas me guiar, sem pensar, tentando gastar pouca energia e fazendo a contagem regressiva.
Quando cheguei no km 34,5 foi o
máximo da exaustão, mas mesmo assim foi o momento de muita motivação, pois
agora faltava muito pouco e era praticamente uma reta. Pensei no meu objetivo
final que era baixar o tempo de 2012 e alcançar às 9 horas e 18. Então comecei
aumentar um pouco o ritmo e com isso a dor também aumentou, parecia que tinha
uma faca em cada coxa e minhas panturrilhas pareciam pedras.
Neste momento não tem muito o que fazer, apenas tocar em frete, sentir a vibração da galera e ir para o abraço. Ver aquele corredor de gente vibrando, berrando e torcendo por você é muito emocionante. Quando você enxerga aquelas grades, escuta o pessoal aplaudindo...o coração dispara!

Minha passagem pelo portal foi
cheia de emoção! Quando vi aquelas 09h13min passou um filme na minha cabeça,
lembrei dos treinos mais sofridos, das horas dedicadas para alcançar este
objetivo. Foi na verdade o momento da recompensa. E esse momento não foi só meu’.
Dividir isso com a família e os amigos que tiveram grande participação neste
longo processo me fez chorar muito. Um choro de alegria, de agradecimento por
mais uma conquista!
Esse iron foi de arrepiar!!!
Foi sim Puma, e teu resultado foi a prova de todo o esforço que tu fez durante os treinos.
ResponderExcluirParabéns meu caro.
Ano que vem tem mais. Vai baixar mais ainda o tempo.
Puma, seu relato final me encheu de emoção. Parabéns pela prova incrível, pelo resultado top e dentro de todo seu treinamento. Sucesso ímpar!! Felicidade e curte a vibe, que mesmo passado alguns meses não muda em tamanha realização.
ResponderExcluirShow!!!
Helena
Blog Correndo de bem com a vida
Twitter @Correndodebem
IG @Correndodebem
Sensacional! Muito motivador!
ResponderExcluirParabéns pelo resultado!
Ah... como foi a Maratona de SC.
Abraços.