Por: Puma
Tem dias que a gente pensa:
bem, hoje não deveria ter saído da cama! São aqueles dias que você levanta com
a sensação de que está carregando o mundo nas costas. E isso mesmo quando teve
uma noite de sono boa, daquela que você já deita na cama dormindo e acorda na
mesma posição. De vez em quando isso acontece por aqui e deve acontecer com muitos também.
Geralmente já tenho o dia
programado, minuto por minuto, para conseguir fazer todos as coisas: treinar,
trabalhar, descansar um pouco e curtir a família. Mas quando estou num “dia
ruim” é bem difícil seguir a rotina. Precisa ter muita força para não desistir!
Faz uns 15 dias que acordei
assim meio desanimado. Fui trabalhar e ao meio dia tinha programado uma
natação. Mas, chegando no horário de ir para a água comecei a me sabotar.
Pensamentos do tipo: por que não toca o telefone para poder resolver algum
problema? por que não chega algum cliente para atender? Por fim a conclusão: acho
que não vou hoje, vou descansar um pouco.
Ai começa o conflito! Começo
a lembrar que se não for, depois vou me arrepender. Fiquei neste dilema até
ligar o carro e ir em direção ao clube para nadar e é a mesma direção da minha casa.
Nisso lembrei de quando eu era
garoto que muitas vezes não queria ir treinar natação e meus pais falavam:
- Como, você não vai nadar?
Que nada, você vai sim! Agora você não quer ir, mas chegando lá vai ser muito
bom e se você não for vai se arrepender muito depois.
Com esta lembrança tomei a
decisão de que iria sim treinar e foi muito bom. Mas aquela sensação de peso
continuava. A tarde foi longa e o trabalho não rendeu muito e ainda precisava
correr 25 km no final do dia.
Não sabia como iria
conseguir fazer este treino. Não estava cansado, estava apenas num dia ruim.
Então, no final do dia fui para casa decidido a correr.
Chegando, encontro a Tuca e
a Tati tomando aquele café da tarde. Nem sentei a mesa, ou melhor, nem olhei
para a mesa porque se olhasse não ia ter jeito, seria obrigado a comer alguma
coisa e a corrida iria ser abortada.
Então me arrumei rápido e
fui correr, os primeiros km foram terríveis, pesado, lento, frequência alta e
sofrido. Precisei parar no km 5 para um pit stop, durante a parada decide ficar
em um ritmo tranquilo para terminar o treino e fazer o volume necessário.
Assim que voltei a correr já
estava me sentindo melhor, mesmo assim esperei um pouco para não me arrepender
depois. Mas foi impressionante, de repente todo aquele peso pareceu ter saído de mim. Conforme os kms foram vindo o ritmo
foi ficando melhor e me sentia cada vez mais leve.
Como resultado, acabei o
treino muito feliz e muito mais leve. Foi um dia ruim, mas com insistência/teimosia
acabou saindo um ótimo treino.
É importante superar esses
dias ruins porque caso você se renda a eles, no final fará uma grande diferença
no seu treinamento. É também nessas horas que você consegue trabalhar o
psicológico. Tenho certeza que outros dias ruins irão surgir, mas vou tomar
este como exemplo e superar essas adversidades.
A Helena não deixa mais vcs escreverem no blog?
ResponderExcluirMuito bom. Grande texto. Também tenho esses dias ruins e é bom lembrar essa frase final, tudo depende da nossa atitude.
ResponderExcluirAbraços.
Marcelo
www.corramais.blogspot.com.br