Por: Puma
O Challenge
Florianópolis foi mesmo um grande desafio para os quase 2000 atletas que
participaram. Essa prova tem um diferencial que além da categoria individual
também teve o revezamento e todo um envolvimento familiar como a corrida
para mulheres e o challenge júnior. Bem bacana ver toda família participando do
esporte!
No sábado antes
da prova, tivemos o congresso técnico pela manhã e a tarde foi a entrega da
bike. Jurerê já estava totalmente no clima da prova!
Depois disso foi só
organizar as coisas para a prova e descansar. Deu tempo de curtir uma janta e
um papo bacana com o casal que nos acolheu: Marquinhos e Pri. Obrigado pela
estadia e a boa companhia de sempre!
Acordei por
volta das 04h, na verdade já estava acordado um pouco antes, meio desacreditado
com o vento que batia forte na janela. No whats a galera agitando e comentando
sobre o vento...é o tipo de situação que não tem o que fazer. A gente nunca
sabe como vai ser o dia da prova!
Seguimos para
área de transição para dar uma conferida na bike, deixar a alimentação e
organizar a seqüência das transições...e o vento? Ah, continuava a soprar!
Surpresa maior foi quando avistamos o mar. Nada comum para os padrões de
Jurerê! Com ondas, mexido, a gente via da areia a dificuldade dos staffs para
conseguir entrar e prender as bóias.
Diante daquele
mar agitado a organização optou por diminuir o percurso passando a natação de
1900m para 1000m. Foi uma decisão bastante prudente! As largadas foram em
bateria, minha categoria largou às 06:40h.
Como isso,
consegui ver a largada das outras categorias e principalmente ver a prova dos
profissionais. Ver esta galera entrar naquele turbilhão na frente foi ótimo
porque assim consegui ver melhor como estava o mar e tentar traçar uma
estratégia.
Na largada já
comecei a fazer um pouco mais de força, tentei lagar bem na frente, não queria
enfrentar o mar mexido e também a pancadaria da galera. Foi muito bom, fui até
a primeira boia bem tranquilo, mas quando virei em direção à segunda bóia foi
um desespero, quem disse que conseguia ver a bóia? Tentei olhar varias vezes
para frente, mas a única coisa que conseguia ver era o sol me cegando. Então
fui seguindo o grupo. De repente percebo um garoto de caiaque que veio e
começou a dizer que estava indo para o lugar errado. Parei e tentei olhar a
boia, mas cadê? Ai o garoto falou:
- Usa o barco
como referencia.
Foi ai que achei
a maldita boia. Depois disso, correu tudo bem. Terminei a natação com 13
minutos e com a barriga bem cheia de água.
Correndo para a
transição já comecei a pensar na sequencia que estavam as coisas na bike e ao
mesmo tempo tentava recuperar um pouco o cansaço. Tive um pouco de dificuldade
de tirar a roupa de borracha e colocar ela na sacola. Depois de acertar tudo
sai para pedalar.
Como a largada
foi em bloco, fui pegando muita gente e no início tive um pouco de dificuldade
de passar porque formaram-se uns pelotões e a galera não saia da frente. Teve
até um cara que forçou uma passagem, teve discussão e uma disputa ombro a
ombro. Quase que os dois infelizes caíram na minha frente.
Outro momento crítico
foi para pegar a água. Os caras que estavam na direita (mais lentos) não
olhavam para ver se tinha alguém passando e viravam com tudo para pegar a água.
Quase vi outro acidente.
Tirando estes
momentos de imprudência da galera, precisei me concentrar muito, pois o vento
estava soprando forte. Estava muito difícil de pedalar, tinha hora que
estávamos a 50 km/h
e hora que estava a 30 km/h
fazendo muito força.
Então precisei
controlar um pouco para não sofrer muito na segunda volta. Mas isso não foi o
suficiente, pois nos outros 45Km o vento ficou ainda mais forte e dificultou muito
mais. Só pensava como iria correr, estava fazendo muita força e ficando bem
cansado.
Pra piorar o meu clip quebrou. E se estava difícil pedalar contra o vento, agora então estava quase impossível. Como faltava pouco para terminar a prova e em pouco tempo pegaria um vento a favor, resolvi apenas terminar. Parei de fazer força e comecei a comer tudo, primeiro para recuperar e outra para não precisar comer na transição.
No inicio da corrida é sempre bom, me sinto muito forte, rápido e confiante. Mas sei que isso é apenas uma ilusão e que vai durar2 a 4 km , depois vem um choque de
realidade: todo o desgaste vem ao mesmo tempo e se o psicológico não está bem e
se você tiver sentindo dor, mesmo a mais leve, você pode quebrar!
Por isso tentei sair mais tranquilo em um ritmo que sei que era confortável, mesmo sabendo que poderia ir mais. Caminhava um pouco nos postos de hidratação e assim foi até o inicio da segunda volta.
Ai percebi que estava bem, mas um pouco tenso, precisava soltar o corpo, relaxar e curti a corrida. Foi quando comecei a berrar (vamos porrr...... vai dar tudo certo, força, uma perna de cada vez)! Não sei explicar direito esta reação, só sei que ajudou muito.
Olhava para frente, calculava pequenos objetivos e tempo, só vou até ali, como se estivesse fazendo tiros. E o melhor é que tinha muita gente torcendo e o trecho com público era grande e dava um gás monstruoso! Agora nada explica a sensação de ver a Tuca ali barrigudinha na torcida, foi uma das sensações mais marcantes da minha vida! Tão lindas as minhas gatinhas, amo vocês!
Fiz a corrida
para 1 hora e 25min e depois de 04h06min de prova cruzei a linha de
chegada cansado, mas feliz! Ao entrar no funil, avistei minha barrigudinha e
entrei como se estivesse embalando minha pequena Helena (naquele gesto
eternizado pelo Bebeto). Parei dei um beijo nas minhas meninas e segui
emocionado para atravessar aquele pórtico.
Na chegada, fui recepcionado com o abraço do querido amigo Gerson! Foi show receber a medalha deste parceiro!
Em seguida, encontrei a Tuca que logo veio me parabenizar pela prova. Fui para área do atleta e lá encontrei outros amigos. Segui para uma massagem e um gelinho para soltar um pouco.
Vi a chegada de mais alguns amigos e depois fomos para casa. Tudo rapidinho porque às 15h foi a premiação. A Raquel (esposa do Cláudio Koch) me disse que no aplicativo da prova eu estava como primeiro colocado na categoria 30-34anos, mas outro colega disse que eu era o segundo. Bem de um jeito ou de outro eu estaria na premiação.
Pra piorar o meu clip quebrou. E se estava difícil pedalar contra o vento, agora então estava quase impossível. Como faltava pouco para terminar a prova e em pouco tempo pegaria um vento a favor, resolvi apenas terminar. Parei de fazer força e comecei a comer tudo, primeiro para recuperar e outra para não precisar comer na transição.
No inicio da corrida é sempre bom, me sinto muito forte, rápido e confiante. Mas sei que isso é apenas uma ilusão e que vai durar
Por isso tentei sair mais tranquilo em um ritmo que sei que era confortável, mesmo sabendo que poderia ir mais. Caminhava um pouco nos postos de hidratação e assim foi até o inicio da segunda volta.
Ai percebi que estava bem, mas um pouco tenso, precisava soltar o corpo, relaxar e curti a corrida. Foi quando comecei a berrar (vamos porrr...... vai dar tudo certo, força, uma perna de cada vez)! Não sei explicar direito esta reação, só sei que ajudou muito.
Olhava para frente, calculava pequenos objetivos e tempo, só vou até ali, como se estivesse fazendo tiros. E o melhor é que tinha muita gente torcendo e o trecho com público era grande e dava um gás monstruoso! Agora nada explica a sensação de ver a Tuca ali barrigudinha na torcida, foi uma das sensações mais marcantes da minha vida! Tão lindas as minhas gatinhas, amo vocês!
Na chegada, fui recepcionado com o abraço do querido amigo Gerson! Foi show receber a medalha deste parceiro!
Em seguida, encontrei a Tuca que logo veio me parabenizar pela prova. Fui para área do atleta e lá encontrei outros amigos. Segui para uma massagem e um gelinho para soltar um pouco.
Vi a chegada de mais alguns amigos e depois fomos para casa. Tudo rapidinho porque às 15h foi a premiação. A Raquel (esposa do Cláudio Koch) me disse que no aplicativo da prova eu estava como primeiro colocado na categoria 30-34anos, mas outro colega disse que eu era o segundo. Bem de um jeito ou de outro eu estaria na premiação.
Deu mesmo o primeiro lugar na categoria 30-34 anos. Fiquei muito feliz com o resultado, a prova foi difícil e essa minha categoria é sempre uma pancadaria.
Melhor ainda foi dividir este momento com um cara que admiro muito, o Cláudio Koch, que também levou o troféu de primeiro lugar na categoria. Parabéns Cláudio, que venham muitos treinos e provas pela frente!
Já não bastasse a alegria de ter concluído com êxito a prova, na terça-feira tive mais uma grande surpresa com a divulgação da lista dos atletas que conquistaram a vaga para o Challenge Almere-Amsterdã. Não é que meu nome estava lá?! Fiquei feliz, mas meio assustado com tudo isso.
Esse foi um ano maravilhoso! De muita dedicação, disciplina e com bons resultados em todas as provas. Agora tenho que processar tudo isso porque a princípio eu teria em 2015 apenas o Ironman Brasil, porém com os bons resultados temos mais duas outras provas grandes pela frente: Mundia 70.3 Áustria e Challenge Almere-Amsterdã.
Deixo registrado aqui que a medalha desta prova foi um presente para o nosso garotão Pedro (meu sobrinho) que nasceu dia 24 de novembro trazendo muita alegria para nossa família. E pode ter certeza que daqui um tempo tio Puma já vai levar você para pra praticar algum esporte!
Ps: Agradeço ao pessoal da sprint, abtri, Geraldo, Mundo Tri pelas fotos. Valeu!