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Puma e Tuca

Puma e Tuca
Ironman 2010

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Nem tudo foi legal no 70.3 de Foz do Iguaçu.

Por: Tuca

Essa prova foi um teste de resistência e paciência para todos nós que assistimos. Puma e eu já iniciamos a viagem com problemas, pois nosso vôo que era para ser direto fez conexão em Guarulhos. Nossa previsão inicial era chegar em Foz às 09:30h, mas só chegamos às 13:30h.

Como em Foz tudo é longe demais, resolvemos alugar um carro e seguir nosso destino. Primeiro fomos encontrar o pessoal de Blumenau que estava num hotel no centro, lá descobrimos que o kit teria que ser retirado na feirinha, na Itaipu e a entrega da bike no Iate Clube.

Passava das 15h e nós não tínhamos almoçado ainda. Fizemos um lanche rápido e fomos para Itaipu. Na retirada do kit o Sr. Puma descobriu que não teria acesso a sacola da corrida no dia seguinte. Pergunta se ele estava com as coisas dentro do carro? Claro que não.

Tivemos que ir no hostel que era lá perto do aeroporto pegar as coisas da corrida, que nem estavam separadas. Perdemos um tempão neste deslocamento e o Puma estava ficando nervoso com tantos contratempos. Eu já irritada, pensando que logística é essa? Você pega um kit num lugar, entrega a bike em outro e para piorar o congresso técnico era na Itaipu, ou seja, tinha que voltar tudo novamente. Socorro!


Chegamos para entregar a bike às 18h. Fiquei com pena do André porque sei que ele gosta de fazer tudo com calma, organizar e conferir tudo direitinho, só que foi um dia conturbado. Eu lá na grade pensando e observando percebi que algo não estava bem. Perguntei o que era e ele disse:
- Não vais acreditar, mas o pneu da minha bike não quer encher!
Ah, meu Deus! E agora? Ele foi até os mecânicos que deram a sugestão de no dia seguinte trazer um veda rosca e tentar colocar no pneu. Tentar não era uma palavra boa para aquela hora, mas não tinha mais o que fazer.

Depois disso fomos jantar porque por óbvio não deu tempo de ir ao congresso técnico. Durante o jantar, nosso momento mais calmo do dia, ficamos falando sobre a prova. Perguntei a ele o que pretendia fazer. A resposta foi a seguinte: diante das circunstâncias pretendo largar e terminar, só isso!

Também perguntei sobre o tempo de prova que ele planejava fazer e ele disse que como não teve um treinamento especifico para esta prova e pelo tempo que ficou sem correr após o iron (devido a uma dor na lombar) certamente não iria tão bem como nos outros meios. Mas, conheço meu marido sei que ele não iria brincar, ele leva a sério e sempre tenta dar o seu melhor.  

Sábado acordamos cedinho para fazer as coisas com calma. Seguimos para o estacionamento da prova. Lá atletas e acompanhantes foram levados de ônibus até o Iate Clube, local da largada. Deu tudo certo e até que foi rápido. 


O Puma conseguiu arrumar direitinho a bike, preparou toda a transição e teve tempo de aquecer e curtir o clima da prova com os amigos.



Eu fiquei com as meninas sempre na torcida pelos nossos irons. Vimos cada um deles sair da água e seguir para o ciclismo. Quando nosso último atleta passou fomos para o ônibus para conseguir ver a prova do ciclismo, onde a maior parte foi dentro da Usina de Itaipu.


A partir daí as coisas pioraram muito. Nós sabíamos que só sairíamos do Iate Clube junto com o último atleta da natação. Só não esperávamos ter que ficar numa fila quilométrica, em pé, num sol de rachar sendo que os ônibus estavam ali do nosso lado, mas não dava para entrar. Depois de muito tempo conseguimos entrar.


Pelos meus cálculos eu com sorte iria ver o último retorno do Puma na bike, #sqn. Por quê? Porque chegamos ao meio dia e sabe o que nos esperava? Uma minúscula arquibancada exposta ao sol!!! E os atletas passavam com a bike ali na frente? Não!. Eles estavam lá no outro lado da avenida a mais de 500m. Não dava pra ver ninguém! Como ficar ali espremida naquele local com um sol de lascar?! Sem condições.

A irritação do público era geral. Começamos um pequeno protesto com musiquinhas do tipo: “queremos ver, queremos ver...”. Não tinha condições nenhuma de ficar por ali, até porque dali só daria para ver a chegada, o que demoraria mais um pouco. Ai que nojo que deu!

Ficamos questionando onde estava o conceito de prova de ironman? Sempre com a participação da família, torcida dos amigos...lá estavam os atletas passando sozinho, sem incentivo algum, certamente sentiram falta.

A Camila conseguiu falar com o Tiago Vinhal (que estava participando como locutor da prova) e relatou toda a nossa insatisfação e o desejo de ficar no canteiro central para ver os atletas mais de perto. Na volta do nosso lanche, vimos que o pessoal conseguiu entrar neste canteiro central. Então, obrigado ao Vinhal que intercedeu por nós e fez a prova ficar mais legal a partir deste momento.

Foi nessa hora que vi aquele ponto verde saindo para correr, gritei de longe, mas o Puma mal ouviu. Vi que ele estava bem colocado, pois o Vinhal tinha falado que naquele momento estavam saindo para correr os primeiros amadores.

Ficamos por ali vendo os atletas passarem, cada um que passava era uma festa. Estava quente demais, fiquei pensando no esforço que os atletas estavam fazendo para completar aquela prova dura, se não estava fácil para nós, imagine para eles?


Tentei ficar numa sombra, só que sabe como é grávida, né? Volta e meia precisa de um banheiro e de mais água, então de vez em quando fazia aquela caminhada até a recepção da Itaipu. Isso não foi ruim só pra mim. Vi muitas mamães com 2, 3 filhos pequenos tendo que fazer este deslocamento várias vezes e o pior que nem água tinha ali para vender. Tudo tinha que ser na recepção, o que também gerou filas enormes para compra de comida.

Resumindo, a estrutura para quem foi assistir estava péssima. Não precisava ter aquele conflito inicial da arquibancada, da liberação do canteiro central. Sem falar na feirinha, que a única coisa que tinha para vender era açaí. Para prova de Ironman não dá para aceitar isso!

Todos esses pontos negativos da prova foram além do nosso nível de compreensão. Tudo bem que foi a primeira vez em Foz, que Itaipu trata-se de uma área de segurança nacional e envolve dois países, mas também não foi a primeira vez que o Galvão organizou um Ironman 70.3.

Se uma das desculpas da prova ter saído de Penha foi a estrutura ruim que não atendia ao público. O que dizer agora de foz?  Das meninas que estavam comigo e mais algumas outras famílias que encontramos ninguém tem a intenção de voltar no próximo ano por todos esses problemas relatados. Uma pena porque o local é muito bonito.

Por outro lado foi bom ver que os atletas fizeram a prova com bastante segurança. Estes também puderam ver um cenário lindo durante o pedal e a corrida. Embora a maioria (99,9%) tenha achado a prova difícil, eles curtiram bastante, só que a chance de voltarem no próximo ano sem acompanhante é grande. Mas, acho que a organização vai tentar mudar isso e atender melhor o público que prestigia o evento. Pelo menos é isso que a gente espera.

No meio dessa confusão toda o resultado final da prova nos trouxe uma alegria imensa. De certeza que ano que vem não vamos para Foz, pois estaremos no Mundial da Áustria!!! O Puma conseguiu a vaga!

Depois de todo esforço meu Ironman foi o 6º amador a chegar e conquistou o 3º lugar na categoria 30-34 anos. Muito merecida essa vaga! E pensa no tamanho do orgulho que temos desse nosso papai. Parabéns amore, você é guerreiro demais!





2 comentários:

  1. Maria Denise Ribeiro Ern6 de setembro de 2014 às 00:02

    Legal Tuca seu relato, foi exatamente o que aconteceu, só esquecesse os R$ 5,00 para carregar o celular por 10 minutos em plena Itaipú, rsrsrsrsr Foi muito bom estarmos juntos!

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  2. Tuca, primeiramente parabéns pelo novo atleta que está vindo, ou nova atleta; Segundo, não fui pra Foz, pois achei que os pepinos começariam no aeroporto, a alfandega lá é muito chata, e com todo o relato que vc fez com certeza não vale tanto a pena ir fazer prova lá, tem tantas outras por aí que podem ser feitas no lugar dessa. Ainda bem que o Puma mais uma vez detonou e conquistou a vaga pra correr na Áustria. Fiquei feliz com o resultado dele ainda mais depois de todo esse perrengue.

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