Por: Tuca

Como em Foz tudo é longe demais,
resolvemos alugar um carro e seguir nosso destino. Primeiro fomos encontrar o
pessoal de Blumenau que estava num hotel no centro, lá descobrimos que o kit
teria que ser retirado na feirinha, na Itaipu e a entrega da bike no Iate
Clube.
Passava das 15h e nós não tínhamos
almoçado ainda. Fizemos um lanche rápido e fomos para Itaipu. Na retirada do
kit o Sr. Puma descobriu que não teria acesso a sacola da corrida no dia
seguinte. Pergunta se ele estava com as coisas dentro do carro? Claro que não.
Tivemos que ir no hostel que era lá
perto do aeroporto pegar as coisas da corrida, que nem estavam separadas.
Perdemos um tempão neste deslocamento e o Puma estava ficando nervoso com
tantos contratempos. Eu já irritada, pensando que logística é essa? Você pega
um kit num lugar, entrega a bike em outro e para piorar o congresso técnico era
na Itaipu, ou seja, tinha que voltar tudo novamente. Socorro!
Chegamos para entregar a bike às 18h.
Fiquei com pena do André porque sei que ele gosta de fazer tudo com calma,
organizar e conferir tudo direitinho, só que foi um dia conturbado. Eu lá na
grade pensando e observando percebi que algo não estava bem. Perguntei o que
era e ele disse:
Ah, meu Deus! E agora? Ele foi até os
mecânicos que deram a sugestão de no dia seguinte trazer um veda rosca e tentar
colocar no pneu. Tentar não era uma palavra boa para aquela hora, mas não tinha
mais o que fazer.
Depois disso fomos jantar porque por óbvio
não deu tempo de ir ao congresso técnico. Durante o jantar, nosso momento mais
calmo do dia, ficamos falando sobre a prova. Perguntei a ele o que pretendia
fazer. A resposta foi a seguinte: diante das circunstâncias pretendo largar e
terminar, só isso!
Também perguntei sobre o tempo de
prova que ele planejava fazer e ele disse que como não teve um treinamento
especifico para esta prova e pelo tempo que ficou sem correr após o iron (devido
a uma dor na lombar) certamente não iria tão bem como nos outros meios. Mas,
conheço meu marido sei que ele não iria brincar, ele leva a sério e sempre
tenta dar o seu melhor.
Sábado acordamos cedinho para fazer as
coisas com calma. Seguimos para o estacionamento da prova. Lá atletas e
acompanhantes foram levados de ônibus até o Iate Clube, local da largada. Deu
tudo certo e até que foi rápido.
O Puma conseguiu arrumar direitinho a bike,
preparou toda a transição e teve tempo de aquecer e curtir o clima da prova com
os amigos.
Eu fiquei com as meninas sempre na
torcida pelos nossos irons. Vimos cada um deles sair da água e seguir para o
ciclismo. Quando nosso último atleta passou fomos para o ônibus para conseguir
ver a prova do ciclismo, onde a maior parte foi dentro da Usina de Itaipu.
A partir daí as coisas pioraram muito.
Nós sabíamos que só sairíamos do Iate Clube junto com o último atleta da
natação. Só não esperávamos ter que ficar numa fila quilométrica, em pé, num
sol de rachar sendo que os ônibus estavam ali do nosso lado, mas não dava para
entrar. Depois de muito tempo conseguimos entrar.
Pelos meus cálculos eu com sorte iria
ver o último retorno do Puma na bike, #sqn. Por quê? Porque chegamos ao meio
dia e sabe o que nos esperava? Uma minúscula arquibancada exposta ao sol!!! E
os atletas passavam com a bike ali na frente? Não!. Eles estavam lá no outro
lado da avenida a mais de 500m. Não dava pra ver ninguém! Como ficar ali
espremida naquele local com um sol de lascar?! Sem condições.
A irritação do público era geral.
Começamos um pequeno protesto com musiquinhas do tipo: “queremos ver, queremos
ver...”. Não tinha condições nenhuma de ficar por ali, até porque dali só daria
para ver a chegada, o que demoraria mais um pouco. Ai que nojo que deu!
Ficamos questionando onde estava o
conceito de prova de ironman? Sempre com a participação da família, torcida dos
amigos...lá estavam os atletas passando sozinho, sem incentivo algum,
certamente sentiram falta.
A Camila conseguiu falar com o Tiago
Vinhal (que estava participando como locutor da prova) e relatou toda a nossa
insatisfação e o desejo de ficar no canteiro central para ver os atletas mais
de perto. Na volta do nosso lanche, vimos que o pessoal conseguiu entrar neste
canteiro central. Então, obrigado ao Vinhal que intercedeu por nós e fez a
prova ficar mais legal a partir deste momento.
Foi nessa hora que vi aquele ponto
verde saindo para correr, gritei de longe, mas o Puma mal ouviu. Vi que ele
estava bem colocado, pois o Vinhal tinha falado que naquele momento estavam
saindo para correr os primeiros amadores.
Ficamos por ali vendo os atletas
passarem, cada um que passava era uma festa. Estava quente demais, fiquei
pensando no esforço que os atletas estavam fazendo para completar aquela prova
dura, se não estava fácil para nós, imagine para eles?
Tentei ficar numa sombra, só que sabe
como é grávida, né? Volta e meia precisa de um banheiro e de mais água, então
de vez em quando fazia aquela caminhada até a recepção da Itaipu. Isso não foi
ruim só pra mim. Vi muitas mamães com 2, 3 filhos pequenos tendo que fazer este
deslocamento várias vezes e o pior que nem água tinha ali para vender. Tudo
tinha que ser na recepção, o que também gerou filas enormes para compra de
comida.
Resumindo, a estrutura para quem foi
assistir estava péssima. Não precisava ter aquele conflito inicial da
arquibancada, da liberação do canteiro central. Sem falar na feirinha, que a única coisa
que tinha para vender era açaí. Para prova de Ironman não dá para aceitar isso!
Todos esses pontos negativos da prova
foram além do nosso nível de compreensão. Tudo bem que foi a primeira vez em Foz, que Itaipu trata-se de uma área de segurança nacional e envolve dois
países, mas também não foi a primeira vez que o Galvão organizou um Ironman
70.3.
Se uma das desculpas da prova ter
saído de Penha foi a estrutura ruim que não atendia ao público. O que dizer
agora de foz? Das meninas que estavam
comigo e mais algumas outras famílias que encontramos ninguém tem a intenção de
voltar no próximo ano por todos esses problemas relatados. Uma pena porque o
local é muito bonito.
Por outro lado foi bom ver que os
atletas fizeram a prova com bastante segurança. Estes também puderam ver um
cenário lindo durante o pedal e a corrida. Embora a maioria (99,9%) tenha
achado a prova difícil, eles curtiram bastante, só que a chance de voltarem no
próximo ano sem acompanhante é grande. Mas, acho que a organização vai tentar
mudar isso e atender melhor o público que prestigia o evento. Pelo menos é isso
que a gente espera.
No meio dessa confusão toda o
resultado final da prova nos trouxe uma alegria imensa. De certeza que ano que
vem não vamos para Foz, pois estaremos no Mundial da Áustria!!! O Puma
conseguiu a vaga!
Depois de todo esforço meu Ironman foi
o 6º amador a chegar e conquistou o 3º lugar na categoria 30-34 anos. Muito
merecida essa vaga! E pensa no tamanho do orgulho que temos desse nosso papai.
Parabéns amore, você é guerreiro demais!
Legal Tuca seu relato, foi exatamente o que aconteceu, só esquecesse os R$ 5,00 para carregar o celular por 10 minutos em plena Itaipú, rsrsrsrsr Foi muito bom estarmos juntos!
ResponderExcluirTuca, primeiramente parabéns pelo novo atleta que está vindo, ou nova atleta; Segundo, não fui pra Foz, pois achei que os pepinos começariam no aeroporto, a alfandega lá é muito chata, e com todo o relato que vc fez com certeza não vale tanto a pena ir fazer prova lá, tem tantas outras por aí que podem ser feitas no lugar dessa. Ainda bem que o Puma mais uma vez detonou e conquistou a vaga pra correr na Áustria. Fiquei feliz com o resultado dele ainda mais depois de todo esse perrengue.
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