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Puma e Tuca

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Ironman 2010

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Desafio de Natação Bombinhas - 8Km

Por: Puma

Domingo foi dia de acompanhar o meu irmão Eduardo na Travessia de 8Km em Bombinhas. Acordei cedinho aqui em Blumenau e junto com o meu cunhado Rafael seguimos para Bombinhas. 





A prova poderia ser feita individualmente ou em dupla. O Eduardo encarou o desafio sozinho. 8km de natação não  é para qualquer um, então, Rafa e eu resolvemos acompanhá-lo de caiaque para dar todo o suporte necessário.





Na verdade, o Rafa que ficou a maior parte do tempo com o Du. Eu dei um apoio para a rapaziada que estava meio desorientada na navegação. De vez em quando ia buscar um desgarrado do cardume.



Foi legal acompanhar, mas deu vontade de largar o caiaque e participar deste desafio. E foi mesmo um desafio, pois o mar não estava tão calmo, bem marolado, tinha que ter mesmo um pouco de experiência em águas abertas para fazer bem esta travessia.

O Du foi muito bem! Fez a prova em 2h13min e ficou com o quarto lugar na categoria 30-34anos. No inicio da prova sentiu um leve enjôo isso porque o mar estava meio crespo, acredito que muita gente teve essa sensação. Lá pelo Km4 também sentiu um desconforto na região dos olhos pela pressão mesmo que o óculos de natação acaba fazendo. Inclusive ele retirou os óculos por alguns metros e nadou de olhos fechados para tentar aliviar este desconforto.



No final claro que bate aquele cansaço, mas o Du chegou bem. Também não tinha como ser diferente porque os pequenos e a família estavam ansiosos na beira da praia o esperando.



Foi muito bacana ver meu irmão competindo e também os outros amigos do triathlon e da Equipe Blumenau Águas Abertas.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Corrida Ironman Brasil 2014

Por: Puma

Para finalizar os relatos sobre o Ironman (atrasado pra caramba) ai vai a parte da corrida:
Ao chegar do pedal forte e com alguns contratempos durante esta etapa, precisei mudar um pouco minha estratégia, cheguei para fazer a T2 muito focado e ao mesmo tempo com coragem para fazer muita força na corrida. Mas, primeiro precisava ter paciência em não errar novamente durante a transição. 

Como sempre ao colocar o pé no chão depois de pedalar 180 km é muito difícil, senti minha lombar travada, meu pé dormente, minhas pernas duras e principalmente não conseguia correr direito. Aquilo que sempre falam que parecemos um “Pato” quando saímos do pedal é mesmo verdade.

Mesmo assim, sai correndo para pegar a minha sacola e iniciar a última etapa do dia. Desta vez deu tudo certo, consegui fazer todos os processos muito bem e com eficiência. Deixando para fazer a alimentação durante os primeiros km. E assim também controlar o ritmo inicial, pois nesta fase é muito importante sentir o corpo e respeitar o momento de transição bike/corrida.




Além de controlar o ritmo precisei segurar o ímpeto e a vontade de fazer força. Sempre no começo bate aquela coragem de que tudo vai dar certo que podemos arriscar e que vamos conseguir aguentar o tranco até o final. Mas desta vez não cai nesta armadilha, fui controlado e principalmente colocando combustível para dentro.

A corrida deste ano ficou um pouco diferente, tinha que enfrentar as subidas já no começo, o que para mim não foi favorável. Em 2012, senti dores lombares nos primeiros 8 km e depois melhorou. Neste ano foi um pouco diferente, senti dor e travamento da lombar por 17 km. Nas subidas tentei dar uma relaxada e alongar, mas foi tudo em vão. Logo depois de subir, as dores pioraram e ai comecei a não sentir mais o pé esquerdo no chão, sabia que o pé estava ali grudado na perna porque escutava o tênis molhado batendo no chão. Tentei de tudo, contrair mais o abdômen, fazer movimentos do quadril, mudar a marcha e por final conversar com o meu corpo.



Como na bike, precisei negociar um pouco as coisas, antes com a bike, agora com o corpo. Fui dizendo: “Vamos meu querido, treinamos tanto para chegar até aqui e não me deixe na mão agora”. Então foquei mais que o normal, precisei tentar gastar menos energia possível porque além da dor, não estava conseguindo comer nada.

Minha sorte foi que consegui colocar algumas calorias durante a transição e nos primeiros km. Aguentei um bom ritmo até o km 26, depois disso foi no peito e na raça. Como dizia um técnico de futebol quando eu era garoto, coloca o coração no pé e não pensa, faz.


Nesta hora é difícil encontrar motivação, energia e principalmente encontrar força para dar o próximo passo. Mesmo assim, temos que continuar, como conseguimos? Não sei, mas sempre achamos um jeito de encontrar energia.





Procuro fazer uma contagem regressiva dos km para dar uma motivada. Quando abri a última volta, passei pela família e amigos, eu estava entregue, fraco, sem energia e muito cansado. Quase parei ali, sentei com a galera e fiquei torcendo pelos amigos. Ai pensei e conversei com o meu corpo novamente, quantos 10 km você já fez? Quantos vezes já tinha ficado assim antes? Desistir agora, não dava. Então diminui o ritmo e fui seguindo o fluxo da galera. Deixando minhas pernas me guiar, sem pensar, tentando gastar pouca energia e fazendo a contagem regressiva.





Quando cheguei no km 34,5 foi o máximo da exaustão, mas mesmo assim foi o momento de muita motivação, pois agora faltava muito pouco e era praticamente uma reta. Pensei no meu objetivo final que era baixar o tempo de 2012 e alcançar às 9 horas e 18. Então comecei aumentar um pouco o ritmo e com isso a dor também aumentou, parecia que tinha uma faca em cada coxa e minhas panturrilhas pareciam pedras.


Neste momento não tem muito o que fazer, apenas tocar em frete, sentir a vibração da galera e ir para o abraço. Ver aquele corredor de gente vibrando, berrando e torcendo por você é muito emocionante.  Quando você enxerga aquelas grades, escuta o pessoal aplaudindo...o coração dispara!





Minha passagem pelo portal foi cheia de emoção! Quando vi aquelas 09h13min passou um filme na minha cabeça, lembrei dos treinos mais sofridos, das horas dedicadas para alcançar este objetivo. Foi na verdade o momento da recompensa. E esse momento não foi só meu’. Dividir isso com a família e os amigos que tiveram grande participação neste longo processo me fez chorar muito. Um choro de alegria, de agradecimento por mais uma conquista!









Esse iron foi de arrepiar!!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Meia Maratona Bela Vista 2014

Por: Puma

Mais uma meia maratona do Bela Vista, como sempre muito emocionante e festiva. Muitos conhecidos e amigos na prova, com isso parece que fica muito mais leve. Para mim é uma festa, ou melhor uma corrida no terreno de casa, treino nesta região quase todos os dias. Conheço quase todos os buracos e elevações.  

Neste ano precisei ser um pouco mais cauteloso, pois depois do Ironman precisei dar um tempo nos treinamentos e quando voltei a treinar comecei a sentir uma dor lombar que dificultava muito a minha corrida. Com isso treinei pouco e com baixa intensidade.

Quando saia para correr a dor estava sempre presente. Fiz uma Ressonância Magnética e por sorte não tenho nenhuma lesão. Mesmo assim precisei ser cauteloso nos treinamentos. Outra coisa estranha, é que sinto a dor e um travamento na região lombar até o km 8-9, depois parece que vai relaxando e vou conseguindo aumentar o ritmo.

Combinei com o Cassiano que iria acompanhá-lo, como não sabia se iria sentir ou não a dor durante a corrida falei para ele fazer a prova dele, fingir que eu não estava ali, pois não queria prejudicar a corrida dele, fazendo-o correr mais fraco que deveria.


Iniciamos a preparação para a prova já no dia anterior, indo ao famoso Café colonial do Hotel Glória, aqui em Blumenau. Difícil foi se controlar diante de tantas delícias. Foi uma tarde muito boa! Eu, Tuca, Tais e Cassiano colocamos a conversa em dia e depois chegou o Paulinho, o Yan e a Camila para fofocar mais um pouco e principalmente abastecer o corpo com muito energia.

Já na manha seguinte segui com o ritual de sempre. Desta vez a manhã estava ensolarada e fria. Geralmente as provas do Bela têm uma surpresa com relação ao clima, teve ano que peguei chuva e calor, em outra chuva a prova toda, e na última foi chuva com frio, mas desta vez estava um dia muito bonito.

Fomos para a largada aquecendo. Desde o inicio preocupado e junto vinha quela imagem de 2013 onde precisei parar para alongar durante a prova, pois estava com muita dor e não estava sentindo o pé esquerdo. Assim só pensava em iniciar a prova devagar e controlado, tentar não sentir dor e principalmente conseguir terminar a prova sem dor.





Como combinado iniciei a prova com o Cassiano, tentando controlar o ritmo e também brigando com a lombar para não provocar a dor. Foi muito estranho, pois ficava contraindo mais o abdômen, fazia movimentos pélvicos para relaxar a lombar e tentava  entender a dor para não provocá-la. Felizmente não senti nada, apenas um leve bloqueio, mas que não impediu seguir o ritmo do Cassiano.
Assim foi indo até o km 10, depois toda aquela preocupação passou e o bloqueio também.  Mesmo assim continuei acompanhando o Cassiano e tentando estimulá-lo para conseguir baixar seu tempo. No Km 14 ele falou para eu ir, que estava tudo bem, que ele iria manter um ritmo mais tranquilo, fiquei por ali mais um pouco. No km 15 aumentei o ritmo e não tive piedade da lombar. Fiz um tiro de 6 km e por incrível que pareça a lombar respondeu muito bem, estava solto e conseguindo aguentar a porrada.

Fechei a prova para 1 hora e 23 minutos, muito bom para o que tinha proposto para o dia. Muito feliz por mais uma meia maratona. Parabéns para o Cassiano que fez em 1 hora e 28, igualou o seu melhor tempo! Mas força garoto, logo você vai baixar este tempo.





Parabéns a toda rapaziada: abtri, Sprint, pessoal do clube e todos corredores que fizeram da 30 Meia Maratona do Clube Bela Vista uma grande festa!

 Pódio da Galera do Bela Vista.